BAHIA EM REVISTA

Prefeito presta homenagens a Iemanjá com flores brancas

O prefeito ACM Neto participou, neste sábado (02), das homenagens a Iemanjá, ao lado de uma multidão de fiéis que fizeram questão de marcar presença na praia do Rio Vermelho para demonstrar reverência à orixá. Vestido de branco, o prefeito falou da alegria em participar mais uma vez de uma festa tradicional no calendário de eventos da capital baiana e renovou seus pedidos de proteção e perseverança para tocar os projetos para Salvador.

“É um dia maravilhoso para mim. Estou feliz como prefeito e como cidadão, vendo a cidade repleta de gente durante este que é considerado o verão da década, com o mundo inteiro voltando seus olhos para a nossa cidade, que recuperou seu lugar de destaque. E nossa alegria é ainda maior com essa festa em homenagem a Iemanjá, que é uma demostração da nossa fé”, afirmou Neto, que também ofertou flores brancas e perfumou o balaio de presentes à Rainha do Mar, ao lado do vice Bruno Reis e de outras autoridades municipais.

Programação – A programação para as homenagens começaram ainda na madrugada, às 2h30, quando devotos saudaram Oxum, orixá das águas doces, no Dique do Tororó. Às 5h, uma alvorada de fogos de artifício marcou a chegada do presente principal ao Rio Vermelho. Uma enorme fila se formou para a entrega dos presentes, cenário que se repetiu durante todo o dia. O presente principal este ano foi uma imagem de Iemanjá dentro de uma concha. Passado todo o ritual, a parte profana segue durante a noite.

História – A festa em homenagem a Iemanjá teve início em 1923, quando um grupo de 25 pescadores resolveu oferecer presentes à mãe das águas. Nesta época, os peixes estavam escassos no mar. Desde então, todos os anos os pescadores pedem a Iemanjá que lhes dê fartura de peixes e um mar tranquilo.

Conta a tradição dos povos iorubás que Iemanjá era a filha de Olokum, deus do mar. Ele a teria dado uma garrafa e recomendado que só abrisse em caso de necessidade. Um dia, em fuga de Okerê, o marido que a ofendeu, ela tropeçou na garrafa, que se quebrou, fazendo surgir um rio de águas tumultuadas que levou Iemanjá ao oceano. Desde então, a rainha das águas não voltou mais para a terra.

Uma série de superstições ronda a celebração. Por exemplo, se o presente for encontrado na beira da praia é porque a divindade não gostou da oferta. Todos os anos, é preparado um presente principal pelos pescadores, que só é revelado no dia das homenagens.

Campanhas de conscientização têm sido realizadas para a preservação do meio ambiente durante a entrega desses presentes. A recomendação é de que as pessoas adotem presentes biodegradáveis, como uma forma também de preservar o meio ambiente – exemplos disso são flores naturais e despejo do perfume, sem jogar o frasco no mar.

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