BAHIA EM REVISTA

População deve evitar praias afetadas por manchas de petróleo

A população de Salvador deve ficar atenta e evitar acessar as praias que estejam afetadas por manchas de petróleo, material que vem atingindo o litoral do Nordeste desde o fim de agosto e que chegou à capital baiana na noite da quinta-feira (10). Até o início da tarde desta sexta-feira (11), seis locais já haviam sido atingidos: Praia do Flamengo, Jardim de Alah, Jardim dos Namorados, Piatã, Itapuã e Buracão (Rio Vermelho).

Em todo o trecho de atuação, que vai de Ipitanga ao Jardim de Alah, os agentes da Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar) estão orientando os banhistas para, caso encontrem alguma mancha de óleo na água ou na areia, evitem tocar o material e informem a situação a um salva-vidas ou através do telefone 156.

Em situações que envolvam animais afetados pelo petróleo, o contato pode ser feito com a Guarda Civil Municipal pelo telefone (71) 3202-5312, ou com a Polícia Ambiental, no número 190, a qualquer hora do dia. O Ibama também poderá ser acionado pelo (71) 3172-1650.

Os agentes da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) também estão de plantão 24h para fazer a limpeza em todas as praias da cidade. O órgão também pode ser acionado pelo número 156. Em caso de reação alérgica no toque ou ingestão do óleo, basta entrar em contato com uma unidade de saúde.

Retirada só por profissionais – O resultado conclusivo das amostras de petróleo encontradas no Nordeste, solicitadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e pela Capitania dos Portos, e cuja análise foi feita pela Marinha e pela Petrobras, apontou que a substância encontrada nos litorais trata-se de petróleo cru. Sendo assim, o cidadão deve evitar retirar o material por conta própria.

O procedimento é feito apenas por profissionais, que seguem o protocolo determinado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No caso da Limpurb, os agentes coletam os resíduos com um equipamento chamado ancinho, uma espécie de vassoura metálica, depois colocado em recipiente plástico para armazenamento temporário, com impermeabilização de solo, e posterior encaminhamento para unidade de análise e tratamento do material, de responsabilidade do Instituto.

Os trabalhadores devem usar, pelo menos, luvas e calçados fechados, que impeçam o contato do óleo com a pele. Isso porque o petróleo pode causar problemas de saúde em caso de inalação, ingestão ou contato com a pele. Em hipótese alguma o óleo pode ser enterrado ou misturado com outros tipos de resíduos.

Perigo – De acordo com o Ministério da Saúde, a curto prazo, a inalação de vapores advindos do óleo cru pode causar dificuldades de respiração, pneumonite química, dor de cabeça, confusão mental e náusea. Em caso de contato, podem aparecer irritações e erupções na pele, queimação e inchaço, podendo haver danos sistêmicos.

A ingestão pode causar dores abdominais, vômito e diarreia. Se a exposição for a longo prazo, pode trazer sérios danos aos pulmões, fígado, rins, sistema nervoso, sistema imune, desregulações hormonais e infertilidade, desordens do sistema circulatório e até mesmo câncer.

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