BAHIA EM REVISTA

Novo trabalho de Irma Ferreira homenageia Nanã, Omolú, Oxumaré, Ossanha e Ewá

A cantora soprano Irma Ferreira lança no próximo domingo (28), nas plataformas de música Spotify, Deezer, Apple e YouTube, além do Facebook e Instagram, seu EP “Cantos e Rezas”,  que tem cinco faixas e nasce com o objetivo de preservar e divulgar uma coleção de cantos tradicionais do Candomblé – os “Orikis e Aduras”.

O EP “Cantos e Rezas” exalta as características de cinco divindades : Nanã, Omolú, Oxumaré, Ossanha e Ewá. Todo o trabalho foi realizado com uma interferência muito cuidadosa da interpretação vocal e em termos dos arranjos musicais, de forma a preservar a pureza e originalidade dos cantos e rezas originais. Além disso, cuidou-se também da revisão da grafia e pronuncia na parte das letras, de forma que, além de um objeto de apreciação artística, o EP “Cantos e Rezas” se tornou uma referência na preservação e difusão dessa cultura.

Como é o EP “Cantos e Rezas” – O trabalho se inicia com a Àdúra “Ti Omolú”, onde há somente a voz de Irma Ferreira , emoldurada por um pequeno início e finalização com guizos que evocam o sagrado. Em seguida surge o Oríki “Ti Nanã” , onde surge o conjunto ritual do Candomblé, integrado por agogô e os atabaques rum, rumpi e lé, na orientação do percussionista Luan Badaró, e também a marimba tocada por Érica Sá.

Em seguida surgem o trombone de Fred Dantas e o contrabaixo de Marcus Sampaio. O terceiro canto, Àdúra “Ti Oxumaré”, traz o conjunto de agogô e atabaques conduzindo a voz de Irma e um coral integrado por Angélica Ferreira, Éverton Neves e Fred Dantas.A quarta faixa do EP, Àdúra “Ti Òsónyìn”, têm  seu  início com o farfalhar de folhas de verdade que abre o trabalho dos violinos de  Mário Soares, cuja excelente contribuição vai interagir  com o oficleid e bombardino de Fred Dantas.

A última faixa, Àdúra “Ti Wèwá”, se inicia com o dundum, o “tambor falante”, convidando os instrumentos corne inglês e oboe, tocados por Gabriela Wara, a fazerem a introdução instrumental que antecede a entrada da voz. Ao longo da gravação esses instrumentos interagem com o oficleid e bombardino, sobre a base do contrabaixo, além do grupo percussivo ritual integrado pelo agogô e atabaques.

O EP “Cantos e Rezas”, produzido pelo maestro Fred Dantas, e com gravação de Richard Meyer, conta com a participação de reconhecidos instrumentistas de Salvador. Além da voz de Irma Ferreira e do trombone, bombardino e oficleid de Fred Dantas, tem no EP, Luan Badaró na percussão, Erica Sá na marimba, Mário Soares no violino, Marcos Sampaio no contrabaixo acústico, Gabriela Rocha no oboé e corne inglês, e em uma das faixas, um coral com Angélica Ferreira, Everton Neves e o proprio Fred Dantas.

Para quem são os cantos e rezas – Omolú, Nanã, Oxumare, Ossanha e Ewá. Voduns/Orixás pertencem a um tronco família chamado de Ungí que tem como origem de culto os Candomblés de Nação Jejê. Foram sendo devidamente incorporados as casas de Candomblé Ketú ou Nagô tamanha sua importância para os povos das diásporas que edificaram a religião em nosso país.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

 

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