Da Praça Castro Alves até a Praça da Sé, passando por prédios coloniais e construções históricas, incluindo o Palácio Rio Branco e o Elevador Lacerda. Todo este patrimônio e muito mais se concentra na primeira rua do Brasil, a Rua Chile, no Centro Histórico, que passou por requalificação entregue nesta quinta-feira (24) pelo governador Rui Costa. O governador também visitou a Avenida Carlos Gomes, até o Largo dos Aflitos, e a Rua Direita do Santo Antônio. As duas também estão passando por obras de requalificação.
“Este é um conjunto de intervenções, e aqui na Rua Chile foi tudo construído no sentido de destacar o patrimônio histórico, com todo o sistema de fiação subterrânea. Estamos iniciando também um projeto habitacional com casarões aqui no centro para estimular a reocupação destes prédios antigos como habitações e trazer vida de volta pra além do comércio que já existe em função do turismo”, afirmou o governador. Segundo ele, o próximo passo é implementar projetos habitacionais para servidores públicos na região. “Em todo lugar do mundo o patrimônio histórico é conservado com pessoas morando no local”.
Segundo o governador, com a nova caracterização, serão abertos comércios, bares, padarias e a região vai atrair investimentos da iniciativa privada.
As intervenções fazem parte do maior programa conjunto e simultâneo de requalificação de ruas e calçadas – com sistemas de acessibilidade – já realizado no Centro Antigo de Salvador. São cinco lotes, que alcançam 313 ruas de 15 bairros, com investimento de R$ 126 milhões de reais. A iniciativa é do Governo do Estado da Bahia, via Diretoria de Habitação e Urbanização Integrada (Dihab) da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder).
Monitoramento por câmeras – Rui destacou também que toda a região vai ser monitorada por câmeras de segurança. “Nós estamos, além de todas as intervenções, instalando aqui câmeras de segurança. Todas as ruas requalificadas vão ganhar sistema de monitoramento de câmeras de segurança, e vamos conseguir saber exatamente tudo o que está acontecendo, 24 horas por dia, em todas as ruas onde nós estamos fazendo intervenções”.
Vocação turística – Para o secretário do Turismo, Fausto Franco, as obras reforçam a vocação turística não só do Centro Histórico e do Centro Antigo, mas de toda a cidade de Salvador. “Esta região é a cara da cidade, onde tudo começou. Ficamos muito felizes com as novas obras e com a entrega da Rua Chile”. Segundo o secretário, grupos empresariais negociam com o Governo do Estado sobre a ocupação de prédios públicos e privados. “Não só hotéis, mas residenciais, prédios comerciais. Esta para mim é uma das regiões mais interessantes da cidade e este tipo de obra que o governo faz estimula o empresariado a montar empreendimentos que vão gerar emprego e renda para a nossa população”, acrescentou.
Pelas Ruas do Centro Antigo – Como o nome de ‘Pelas Ruas do Centro Antigo de Salvador’, o programa está dividido em cinco lotes na cidade. O lote 1 reúne os bairros Comércio e Calçada (52 ruas). O lote 2 beneficia o Centro, Nazaré, Largo 2 de Julho e Politeama (85). Já os bairros da Saúde, Barris, Tororó e Liberdade (118 ruas) formam o lote 3. Enquanto o lote 4 corresponde ao bairro do Santo Antônio (5 ruas) e o lote 5 ao Barbalho, Macaúbas, Lapinha e Soledade (43 ruas).
“São beneficiadas diretamente 313 ruas, em 15 bairros do Centro Antigo, incluindo Barris, Nazaré, Barbalho, Comércio, Dique do Tororó, Liberdade, além da Rua Chile e mais 17 ruas do Centro Histórico de Salvador, esta última, área chancelada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, desde 1985”, afirma Sérgio Silva, diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder).
O programa contempla ainda o importante complexo viário entre o Dique do Tororó, Largo das Sete Portas, Aquidabã, Vale de Nazaré e a Estação de Transbordo da Lapa. “Com conclusão prevista para outubro deste ano de 2020, estão sendo beneficiados trechos das avenidas J.J. Seabra, Vasco da Gama, Presidente Castelo Branco e Presidente Costa e Silva, além da Rua Djalma Dutra e do Largo das Sete Portas”, completa Maurício Mathias, diretor de Habitação e Urbanização Integrada da Conder.