Um grupo de dezoito trabalhadores da empresa MJR Serviços de Segurança Ltda vive um drama por causa de uma forma de contratação no mínimo questionável. Eles prestavam serviços à Secretaria da Administração do Estado da Bahia (Saeb) sem contrato, sob o regime de indenização, e estão há mais de cinco meses sem receber salários e as verbas rescisórias. Chamado a uma mediação feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), o Governo do Estado não aceitou fazer o pagamento direto, mesmo com a concordância da empresa. Enquanto isso, os trabalhadores e suas famílias permanecem completamente desamparados.
O MPT pediu a reconsideração do parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que não autorizou o pagamento direto, e já avalia a possibilidade de abrir inquérito para apurar o caso e tomar medidas judiciais e administrativas contra o Estado da Bahia e o secretário da Administração, que autorizou o uso desse instrumento de contratação. “Tentamos de tudo dentro da mediação. Mas o Estado está intransigente. Enquanto isso, 18 famílias passam necessidades. Se não houver uma solução, teremos que adotar medidas administrativas e judiciais”, afirmou o procurador Marcelo Brandão, que está à frente da mediação.