Anualmente, uma multidão de fiéis – adeptos do Candomblé e admiradores – vai à Praia da Paciência, no bairro do Rio Vermelho, para saudar Iemanjá, no dia 2 de fevereiro. A história da festa, considerada Patrimônio imaterial de Salvador, foi retratada no documentário “Festa de Iemanjá”, que será lançado na sexta-feira (20) e ficará disponível no canal do YouTube da Fundação Gregório de Mattos (FGM) – https://bityli.com/Rt3N4 – por 24 horas.
A atividade ocorre dentro do programa #ConexãoFGM e o doc poderá ser conferido das 8h da sexta-feira até às 8h do sábado (21). O produto, que tem roteiro e direção da cineasta Fabíola Aquino, conta com financiamento da FGM, integra as ações de Salvaguarda da Festa de Iemanjá e faz parte das comemorações pelo mês da Igualdade Racial.
Amanhã (19), às 19h, haverá uma live de pré-lançamento do documentário, aberta a todos os interessados no canal da FGM no YouTube. A mediação será feita pela gerente de Patrimônio Cultural da FGM, Gabriella Melo. A atividade contará com as presenças do presidente da FGM, Fernando Guerreiro, da diretora de Patrimônio e Humanidades, Milena Tavares, do presidente interino da colônia de pescadores Z1, Élcio Silveira e da diretora e roteirista do documentário, Fabíola Aquino.
O documentário narra o surgimento, há quase um século, da manifestação desta cultura em Salvador. Traz as transformações, pertencimentos e a salvaguarda da louvação à divindade de matriz africana em crescente visibilidade da cultura ancestral. Quem desejar conferir o trailer da obra pode ter acesso através do link https://www.youtube.com/watch?v=UFDEH5vvzd4.
A narrativa conta com depoimentos em variadas perspectivas de pescadores, moradores do bairro, devotos e pesquisadores. Carregado de imagens da festa e de um simbolismo genuinamente afro-baiano, Festa de Iemanjá traz depoimentos de quem acompanha a festa desde o século passado e de novos adeptos. Resgata, por exemplo, informações sobre o surgimento das devoções à Rainha das Águas e a mitologia sobre Iemanjá, considerada a mãe de todos os orixás.
A diretora da obra, Fabíola Aquino, afirmou que o filme é a materialização de um desejo antigo de produzir obras que evidenciam o culto aos Orixás. “Espero que chegue ao público a emoção que captamos, os cantos e encantamentos do entorno da Festa de Iemanjá e que todos sejam preenchidos de muita amorosidade e esperança. Evidenciar a cultura negra e, em especial, uma divindade feminina, uma deusa eco-feminista, é motivo de grande realização”, explicou.