As aulas nas 435 unidades de ensino da rede municipal ficam suspensas, a partir desta quarta-feira (18), conforme decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM), ontem (16). Embora as atividades do ano letivo estejam paralisadas nos próximos 15 dias, a comunicação entre pais e educadores permanece ativa. Com o objetivo de disseminar o máximo de informações e orientar as crianças e adolescentes sobre o coronavírus, a Secretaria Municipal da Educação (Smed) emitiu um comunicado circular com diretrizes do Guia da Unicef, listando oito pontos de orientações às famílias dos alunos para controle da Covid-19.
O documento foi entregue a todas as unidades de ensino e essas têm a responsabilidade de encaminhar aos responsáveis dos cerca de 140 mil estudantes matriculados na rede pública municipal. A circular visa esclarecer aspectos importantes sobre a prevenção para os alunos da educação infantil e de anos iniciais do ensino fundamental. “A escola é um canal de educação dentro da comunidade e tem papel social importante no fortalecimento dos vínculos entre as crianças e as famílias”, explicou a coordenadora de Inclusão Educacional e Transversalidade da Smed, Jaqueline Araújo.
Segundo ela, o objetivo das informações é orientar os pais no processo de compreensão dos filhos. “A intenção é que as famílias tomem para si essa responsabilidade de proteger não apenas do ponto de vista físico, mas principalmente ofertar a segurança social e emocional. Temos que ajudar nossas crianças a passarem por esse momento tão difícil”, salientou Araújo.
De acordo com o documento, baseado nos pilares da Unicef, o primeiro ponto é a iniciação de uma conversa, escutando o que a criança tem a dizer. O primeiro conselho é convidar a criança a falar do assunto, para perceber o que já sabe. Neste bate-papo, os pais devem aproveitar para lembrar sobre boas práticas de higiene, sem introduzir novos medos. Desenhos, histórias e outras atividades podem ajudar a abrir uma discussão.
O segundo tópico é ser honesto e ter cuidado com informação. As crianças têm direito a informações verdadeiras. Os pais devem usar uma linguagem apropriada para a idade, observe as reações e seja sensível ao seu nível de ansiedade, mas tendo em atenção que deve responder com informação fidedigna. Se não souber, nada de inventar. É importante explicar que algumas informações que circulam na internet ou em redes sociais não são precisas e que é melhor confiar nos especialistas.