Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) indicam que, de janeiro a março deste ano, Salvador apresentou uma redução significativa nas ocorrências de arboviroses – doenças transmitidas por insetos – em comparação ao mesmo período de 2017. Durante esse período, foram contabilizados 107 casos de dengue, contra 252 ocorrências notificadas em 2017. Referente à chikungunya, quatro casos foram confirmados em 2018, sendo que em 2017 foram 26. Já as notificações de zika vírus caíram de 21 para apenas duas ocorrências nos primeiros 90 dias.
O resultado positivo é atribuído ao trabalho preventivo intensificado em bairros prioritários pela SMS, como mutirões que acontecem em ação conjunta entre o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e a Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb). As atividades são realizadas através do monitoramento constante e eliminação de larvas em pontos como praças, monumentos e outros tipos de logradouros públicos onde há possibilidade de acúmulo de água; abertura de imóveis abandonados com o auxílio de outros órgãos da Prefeitura; e as ações de limpeza, varrição, capinação e recolhimento de recipientes que podem ser abrigo para os mosquitos. As localidades-alvo são definidas a partir do resultado do Levantamento de Índice Rápido para Aedes Aegypti (LIRA).
Neste ano, três mutirões já foram realizados nos bairros de Paripe, Vila Canária e Boa Vista do Lobato. No total, 249 imóveis foram visitados e 963 depósitos do mosquito Aedes aegypti foram inspecionados. “Desde o ano passado, quando as chuvas estavam mais frequentes, estamos intensificando as ações para fechar o cerco ao mosquito. Essa é a época desses insetos se desenvolverem ainda mais, já que o clima de Salvador é quente, mas o tempo está chuvoso”, disse a subgerente das Arboviroses do CCZ, Isolina Miguez.
Mais números – O LIRA realizado em janeiro último apontou que o novo Índice de Infestação Predial (IIP) na capital baiana passou de 2,3%, em novembro de 2017, para 1,8%. Ou seja, a cada 100 imóveis visitados menos de dois apresentaram focos do mosquito. Em 2017, foram constatados 649 casos de dengue, 109 de chikungunya e 53 de zika vírus. Durante os 51 mutirões realizados em 2017, foram visitados mais de 4.400 imóveis, coletadas mais de 650 toneladas de lixo e cerca de 10 mil depósitos do Aedes foram inspecionados.