A Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis) prossegue com a série de capacitações e treinamentos para a implementação do primeiro jardim de chuva em Salvador. O treinamento inclui visitas de campo nos locais com potencial para instalação do jardim de chuva e aulas teóricas e práticas do passo a passo do projeto. Será realizada ainda uma sessão para trocas de experiências entre Salvador e cidades convidadas: Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR).
A capacitação é promovida no âmbito da iniciativa Cities4Forests, em parceria com o WRI Brasil, o C40 e a Agência de Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ). A intenção é implementar soluções baseadas na natureza para minimizar os desastres relacionados às mudanças do clima, gerando múltiplos benefícios para a economia, o ambiente e as pessoas, a exemplo do jardim de chuva.
“Esse é um modelo que exige baixa manutenção, uma vez que não há a necessidade de regar as plantas depois que se estabelecem. Um dos grandes benefícios está no fato de desse jardim reduzir a erosão, diminuindo o impacto de chuvas fortes, além de alimentar o lençol freático, sendo um agente ecologicamente sustentável”, ressalta a titular da Secis, Marcelle Moraes.
Os primeiros encontros foram realizados de modo virtual e abordaram o conceito de Soluções baseadas na Natureza (SbN) para as cidades, com foco nas potencialidades da drenagem sustentável; as particularidades de Salvador em relação a drenagem sustentável, principais oportunidades e desafios; e atribuições de cada secretaria da Prefeitura na execução do projeto.
Funcionamento – Jardins de chuva são jardins em depressões escavadas no solo, que acomodam a água da chuva proveniente do escoamento superficial e permitem a infiltração no solo e a recarga dos aquíferos. São utilizados em calçadas, canteiros centrais e rotatórias, atuando como esponjas. Além do aspecto funcional, contribuem para a valorização do espaço público e das propriedades em seu entorno.