No meio da tarde desta segunda-feira (16), o Credit Default Swap (CDC) registrou o menor patamar nos últimos nove anos. Foram 98,2591, abaixo dos 100 pontos.
Antes desta segunda-feira o menor nível do CDC havia ocorrido em novembro de 2010, antes da crise econômica de 2016 e 2017 e também anterior ao Brasil perder o grau de investimento das agências de classificação internacionais de risco em 2015.
O CDC mede o humor e a confiança dos investidores em relação à capacidade de pagamento da dívida pública, e serve como termômetro para avaliar a economia de países emergentes como o Brasil.
Quanto menor o seu índice, maior a confiança de que o país pague os seus credores internos e externos. No cenário inverso, com CDC alto, fica indicado pelos investidores desconfiança em relação a este pagamento.
A dívida pública brasileira está em torno de 80% do PIB, conjunto de bens, serviços e riquezas produzidas pelo país e medida pelo IBGE. A questão fiscal esteve por trás do rebaixamento da nota de crédito brasileira no passado e agora influencia a análise do mercado.
Esta análise positiva filtrada pelo CDC ocorre na sequência de medidas como o Teto de Gastos, em 2016, que conteve o gasto público ao determinar que a correção desse gasto passaria a estar atrelada à variação da inflação. Além da aprovação da Nova Previdência neste ano, que, ao mudar as regras para se aposentar no país, deu sustentabilidade ao sistema e permitirá uma economia de R$ 800 bilhões aos cofres públicos federais nos próximos 10 anos.
Somam-se a estes fatos a divulgação pelo IBGE de indicadores de recuperação da economia nacional na semana passada, entre eles as vendas no comércio varejista e o crescimento no setor de serviços, além da redução dos juros para 4,5% ao ano, decisão tomada pelo Banco Central também na última semana e que coloca a Selic no menor patamar desde 1999, quando o BC estabeleceu as metas de inflação e passou a utilizar os juros para alcançá-las.