Após 20 anos fechado, o Palácio da Sé, localizado no Centro Histórico de Salvador, voltará ao cotidiano de moradores e turistas após processo de revitalização e deverá ser mais um importante espaço de visitação popular da cidade. A cerimônia de entrega foi realizada nesta sexta-feira (6), com as presenças do prefeito ACM Neto e do vice, Bruno Reis; do arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger; da presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa; demais autoridades e convidados.
Em discurso, o prefeito destacou o esforço de dom Murilo e do presidente do Centro Cultural Palácio da Sé, padre Abel Pinheiro, no projeto de restauração, concepção do conteúdo do museu e mobilização para obtenção de recursos nas iniciativas pública e privada. Ele explicou ainda que, ao ser procurada para que participasse da iniciativa, a Prefeitura tomou as devidas providências devido à importância do imóvel.
“Salvador vem se reinventando, reorganizando, modernizando e criando novas oportunidades, especialmente no que se refere à sua principal vocação, que é o turismo. É uma cidade que quer ser uma cidade aberta à diversidade, convidativa a pessoas do Brasil e do mundo”, afirmou ACM Neto.
Estrutura – Comandado pelo Instituto de Desenvolvimento Humano (IDH) e pelo padre Abel Pinheiro, o processo de restauração durou cinco anos. A abertura do espaço ao público terá duas exposições: uma de presépios da coleção particular do engenheiro e arquiteto Celso Basto de Oliva e, outra, uma mostra de móveis do século XVII e XVIII, com curadoria do antiquário Sérgio Caloula.
O térreo do Palácio agora possui uma área disponível para exposições itinerantes e realização de eventos corporativos, permitindo a sustentabilidade do local. Já o primeiro pavimento do espaço vai abrigar a exposição permanente “A Igreja e a formação do Brasil”, com acervo próprio e bens históricos remanescentes de outros prédios religiosos, como a antiga Catedral da Sé, demolida em 1933 para dar lugar a atual Praça da Sé.
O pavimento também vai abrigar a sala do Laboratório de Conservação e Restauração Reitor Eugênio Veiga (LEV), que vai expor importantes documentos históricos restaurados com a missão de restaurar, preservar, pesquisar e difundir o acervo documental da Igreja Católica no Brasil. O acervo possui mais de 16 mil documentos, entre os restaurados e não restaurados.
No segundo pavimento funcionará o Centro Administrativo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, com um acervo permanente o arcaz da antiga Igreja da Sé, a galeria dos Bispos e Arcebispos da Bahia e Primazes do Brasil. O espaço também contará com uma área dedicada ao Arcebispo Sebastião Monteiro da Vide, responsável pela construção do Palácio. No local também serão realizados atendimentos e audiências do arcebispo, bem como secretarias da administração da Arquidiocese, uma capela episcopal, uma biblioteca e uma sala de conferência.