Mais jovens e maiores vítimas. Pessoas de idades entre 12 a 35 anos são as principais vítimas de afogamentos nas praias da capital baiana e da região metropolitana. Os dados do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia mostram que no ano de 2020 foram registrados 235 resgates de janeiro a dezembro, contra 304 ocorrências no ano passado, um aumento de 29,36%.
O recorte inclui situações de pessoas que entram em pânico e não conseguem sair da água e os mais graves, quando a vítima aspira o líquido e perde o contato com o solo. Os casos são mais recorrentes no período entre setembro e fevereiro e coincidem com as férias escolares e com as estações mais quentes.
Para evitar acidentes e orientar os banhistas sobre os principais perigos e áreas arriscadas, o 13ª Grupamento de Bombeiros Militar (13ºGBM/Gmar) atua na faixa que vai de Amaralina até as praias da Cidade Baixa, com postos fixos e guarda-vidas capacitados para realizar primeiros socorros, resgates em casos de afogamento e atendimento pré-hospitalar.
“O nosso trabalho não se limita em resgatar vítimas e observar anormalidades na água, mas também na realização de ações preventivas na areia e no mar, por meio de rondas realizadas com a utilização de apitos”, esclarece o soldado e guarda-vidas do Gmar Danilo Villar Santana. Segundo ele, em 2021, quase 20 mil ações, entre atividades preventivas e salvamentos, foram realizadas, assim como 74 atendimentos pré-hospitalares. As equipes também promoveram a localização de nove crianças.
Ele reforça a importância da cautela ao frequentar o mar, além de ressaltar que a imprudência é uma das causas principais de afogamento. “Ao chegar na praia é importante procurar informações sobre o local mais seguro para tomar banho e evitar entrar na água após ingerir bebida alcoólica”, finalizou.