O presidente nacional do Democratas, ACM Neto, afirmou, nesta sexta-feira (9), esperar que a CPI da Covid-19 “seja séria” e tenha a capacidade de contribuir para promover avanços no sistema de saúde pública do Brasil. A CPI será instalada no Senado por determinação do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já avisou que vai cumprir a decisão.
“Desejo que a CPI apure e investigue as coisas que precisam ser respondidas. É importante que ela contribua para ampliar a rede de assistência às pessoas que mais necessitam e ajude o país a se preparar melhor para crises como a que estamos vivendo atualmente”, destacou o presidente nacional do DEM durante entrevista coletiva virtual à imprensa baiana.
“Será muito ruim para o Brasil se essa CPI se transformar em um circo, em um debate antecipado sobre 2022. É isso que não pode acontecer”, complementou ACM Neto.
O democrata também criticou a omissão do Ministério da Educação durante a pandemia. “Tem muita gente que nem sabe quem é o ministro da Educação porque a pasta, que deveria estar articulando ações nacionais para minimizar os impactos da pandemia em um setor tão prioritário, demonstra não ter compromisso com toda uma geração”.
O presidente do partido ressaltou que grande parte dos estudantes do país já está sem aulas há quase um ano e meio. “Esse cenário vai fazer uma diferença gigantesca na vida de nossas crianças e jovens. Agravando, inclusive, a desigualdade social em nosso país”, ponderou.
Pandemia na Bahia – Ex-prefeito de Salvador, ACM Neto elogiou as decisões tomadas tanto pelo atual prefeito da capital baiana, Bruno Reis (DEM), e do governo estadual no combate à disseminação da Covid-19.
“Na minha opinião, a prefeitura de Salvador e o governo do Estado continuam acertando nesse processo, como eu acho que acertamos quando fui prefeito. Eles se anteciparam às medidas mais duras em relação a outras capitais para evitar o colapso. O mais dramático não aconteceu por aqui, a exemplo de pessoas morrendo sem atendimento ou por falta de oxigênio, por conta dessas decisões”, declarou.
“Salvador foi uma das primeiras cidades que conseguiu retomar parte das atividades, mais um resultado importante dessa ação conjunta e da antecipação de medidas, muitas delas criticadas, mas necessárias e acertadas”, finalizou.