A Prefeitura, por meio da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), está dando continuidade ao cadastramento das famílias e imóveis situados na região do Pilar, no bairro do Comércio. Este processo vai fornecer subsídios para que seja elaborado um projeto urbanístico, social e cultural para a região. Além de envolver outras pastas municipais, o Projeto Pilar conta com a parceria do Instituto Carlinhos Brown.
O cadastramento, iniciado no final do mês de agosto, compreende uma das etapas de elaboração do Diagnóstico Urbanístico, Socioeconômico e Cultural do projeto. A expectativa é que, em aproximadamente 60 dias, os dados possam ser apresentados à comunidade para que ela entenda o seu perfil e, junto com o poder público, possa elaborar estratégias para melhorar a qualidade de vida local. Até o momento já foi efetuado o cadastro de 130 imóveis e 90 núcleos familiares.
Para Fabiana Guimarães Bastos, que reside na comunidade há 20 anos, o Projeto Pilar está trazendo esperança e a valorização enquanto cidadãos. “Este projeto vai dar vida à comunidade, que estava muito parada. Em todos esses anos, nunca vi nada parecido para beneficiar a gente. Será de grande valor porque vai nos tirar do esquecimento, mostrar a nossa positividade para a cidade. E já começamos a perceber as mudanças com a chegada recente da Casa So+ma (programa de troca de materiais recicláveis por benefícios) e da horta comunitária”, destacou.
Transformação social — No cadastro são coletadas informações relativas ao tipo do imóvel, renda e escolaridade familiar, ocupação, interesse em participar de atividades culturais e esportivas e quais os problemas que afetam o dia a dia dos moradores e as melhorias que podem impactar positivamente o local. As informações relativas à cultura serão necessárias para identificar habilidades que possam ser potencializadas posteriormente por meio do instituto.
A área beneficiada com o projeto vai desde os imóveis próximos ao túnel Américo Simas até o Elevador do Taboão. Todas as informações coletadas serão georreferenciadas para facilitar a tomada de decisões mais assertivas pelo poder público.
A presidente da FMLF, Tânia Scofield, afirmou que o projeto pretende promover uma transformação social na comunidade. “A elaboração do plano urbanístico vai nortear os projetos e ações que precisam ser executados para a área. Aos poucos a gente vai melhorando as condições de vida das pessoas que residem lá e que vivem em condições muito vulneráveis. Elas estavam bastante desassistidas”, frisou.
O Projeto Pilar é fruto de um Acordo de Cooperação Técnica entre a Fundação Mário Leal Ferreira e o Instituto Carlinhos Brown, que tem como premissa promover o desenvolvimento sustentável do território do Pilar. O termo foi assinado em 2020 e, de lá para cá, já foram realizadas diversas reuniões virtuais e presenciais com a comunidade para dialogar sobre o projeto e suas etapas. Além do plano urbanístico, o projeto prevê a regularização fundiária.