BAHIA EM REVISTA

Projeto em Salvador oferece oficinas gratuitas de grafite, expressões criativas e jogos africanos

O projeto Graffiti, Expressões Criativas e Jogos Africanos (GECJA) segue com as oficinas gratuitas de grafite, expressões criativas e jogos africanos na Associação Nacional das Baianas de Acarajé (Abam), na Praça da Cruz Caída, no Centro Histórico. A atividade é patrocinada pela CSO – Central de Serviços Online S.A., por meio do Programa de Isenção Fiscal Viva Cultura, além de contar com o apoio da Prefeitura de Salvador.

Participam do projeto 25 jovens de 13 a 30 anos, residentes no Pelourinho. As oficinas de grafite são coordenadas pelo fundador do Ateliê O Cabuloso, Marcos Costa, conhecido pelo estilo Afro Graffiti. Ele transmite técnicas básicas e conceitos desta arte, explorando a conexão com as raízes africanas. “A ideia do circuito de oficinas é passar conhecimentos técnicos sobre o graffiti e, através dos jogos africanos, reconectar os jovens com suas origens”, pontua.

Thiago Nazareth, arte-educador e coordenador executivo do projeto, lidera a oficina de Expressões Criativas. Nazareth se dedica a compartilhar técnicas das artes visuais para estimular o processo criativo dos participantes. “Vamos despertar percepções e possibilidades no universo da criação artística”, afirma.

A oficina de Jogos e Brincadeiras de Matrizes Africanas é conduzida por Maria Cláudia, que destaca a importância da abordagem étnico-racial, buscando resgatar valores e a história da cultura africana e afro-brasileira. “Queremos que os participantes conheçam e valorizem a riqueza da cultura africana”, explica.

Imersão cultural – O projeto também promove uma imersão cultural para os participantes, levando-os a visitas a instituições culturais como o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab). Ao final do curso, oportunidade de expor seus trabalhos ao final do curso, o que contribuirá para a construção da autoestima e a visibilidade de suas criações.

Os jovens participantes, como Breno Santana, de 22 anos e estudante de Belas Artes, expressam entusiasmo com a oportunidade. “A oficina está enriquecendo minha prática artística com novos detalhes e técnicas que complementam seus estudos acadêmicos”, afirma

Esmin Mello, de 20 anos e estudante de Letras Vernáculas, vê no curso uma chance de unir suas paixões por arte e literatura. ” É muito importante ter iniciativas que desmistificam o graffiti e ampliam o acesso a diferentes formas de expressão artística”, destaca

Shazam, artista visual de 43 anos, ressalta que a oficina oferece uma plataforma para a expressão pessoal e o desenvolvimento de habilidades artísticas. “O graffiti, como uma forma de arte pública, é crucial para a comunicação e reflexão social”, reflete.

Luiz Felipe, grafiteiro e estudante de isotequinia, destaca o impacto econômico e criativo do projeto. “O graffiti pode ser uma ferramenta importante para a economia criativa e para o desenvolvimento profissional dos jovens”, afirma Felipe, que sugere a ampliação do projeto para maximizar o alcance.

As oficinas, que começaram em 21 de agosto e se encerram em 21 de setembro, ocorrem às quartas, quintas e sextas-feiras, com uma carga horária de 12 horas cada. Para mais informações, o projeto está disponível no Instagram @gecja.cult e no e-mail [email protected].

 

Input your search keywords and press Enter.