Dois campos de futebol, localizados no Calabetão e em Cajazeiras, passaram a ser sedes de escolinhas de futebol do projeto social Bora Bahêa Meu Bairro. A Prefeitura de Salvador e o Esporte Clube Bahia firmaram acordos de parceria para o fortalecimento e incentivo à prática esportiva nesses bairros.
A partir de agora, nesses equipamentos públicos reformados pela gestão municipal, crianças a partir de 6 anos e adolescentes de até 14 praticarão futebol sob a supervisão de dois monitores e um estagiário das próprias comunidades, contratados pelo projeto encabeçado pelo time baiano. A ideia é que os alunos possam treinar com a companhia de profissionais, recebendo todo o suporte necessário para continuar na prática esportiva, como fardamento, equipamentos e alimentação.
Em cada bairro, 120 crianças e adolescentes farão parte do projeto, que tem como um dos seus critérios de permanência o bom rendimento na escola e a carteira de vacinação em dia. Em caso de bom desempenho dentro de campo, há a possibilidade de que alguns dos pequenos integrem a base do clube.
Até o final do ano, 1,3 mil crianças e adolescentes estarão no projeto social, com a celebração de novos acordos entre a Prefeitura e o Bahia.
“É uma grata tarefa trazer o futebol para essas crianças, e vê-las aqui nos deixa muito animados. É um projeto superprioritário para o Bahia, e espero que tenhamos bons frutos. Esta é uma pequena contribuição em comparação com tudo o que recebemos de carinho e emoção da nossa torcida”, disse o CEO do Bahia SAF, Raul Aguirre.
Oportunidade – No Calabetão, os alunos do projeto social mantido pelo ex-jogador do Bahia, Duda, farão parte do Bora Bahêa Meu Bairro. Para o ex-atleta, que é nascido e criado no bairro, a ação é uma oportunidade de crescimento para as crianças e adolescentes, não apenas no esporte, mas também no desenvolvimento pessoal, com foco em afastá-los do mundo das drogas e oferecer-lhes um futuro melhor.
“O Bahia é um time grande, já foi campeão brasileiro. Então, a representação do Bahia aqui é muito importante para a nossa comunidade. É um projeto sadio, um projeto bom que vamos abraçar. A nossa comunidade só vai ter a ganhar”, comentou Duda.
Expectativa – Maria Alves, de 45 anos, dona de casa e moradora de Cajazeiras, vê com entusiasmo a participação de seu filho mais novo, Davi, de seis anos, na escolinha gerida pelo tricolor. Ela elogiou a iniciativa e espera que o caçula continue a se desenvolver emocional e fisicamente por meio do projeto social.
“Sabemos o quão importante é que as crianças estejam em espaços onde possam gastar energia praticando algum esporte e convivendo com outras crianças. Fico aliviada em saber que ele terá todo o suporte aqui no bairro”, disse a dona de casa.
Júnior Magalhães, titular da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), destacou a importância do projeto social e dos campos de futebol com grama sintética que estão sendo instalados em Salvador. Na parceria com o Bahia, o time também se responsabiliza pela manutenção dos equipamentos públicos.
“Hoje, já passamos de 60 campos com grama sintética em Salvador, e chegaremos ao final do ano com 100. Não tenho dúvidas de que é o maior investimento em campos de futebol no Brasil. A Sempre vem discutindo como superar a pobreza e criar políticas de autonomia que ofereçam condições para a população subir na escala social e sair da miséria. Sabemos que há vários caminhos e a educação é um deles, e vejo esse projeto como mais uma oportunidade para essas famílias”, comentou o secretário.
Inscrições – As famílias interessadas no projeto devem procurar as escolinhas portando documentos como certidão de nascimento, identidade da criança e de um responsável, comprovante de matrícula escolar, atestado de frequência, carteira de vacinação em dia, além de uma foto 3×4. A prioridade é para as crianças que moram nas imediações dos campos.