BAHIA EM REVISTA

Prefeitura atende 200 estudantes com deficiência visual em 2022

A Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Educação (Smed), atende cerca de 200 estudantes com cegueira ou baixa visão severa, nas unidades de ensino da rede municipal. Sobre esta ação, Jaqueline Araújo, que é coordenadora de Inclusão Educacional e Transversalidade da Smed, destacou a importância deste sistema para a aprendizagem dos estudantes.

“O sistema braille é a garantia da educação do aluno cego, pois disponibiliza o acesso ao conhecimento, não apenas dos conteúdos programáticos, mas das habilidades de comunicação social. A Smed tem uma parceria com a Fundação Dorina, para distribuir aos alunos, professores e para o Instituto dos Cegos da Bahia (ICB) o jogo Lego em Braille, adaptado para alfabetização, que tem sido de grande valor”, disse.

Patrícia Costa, pedagoga e técnica da coordenadoria da qual Jaqueline é a titular, ressaltou a parceria da Prefeitura com o ICB para o atendimento de estudantes com deficiência visual. “Eles são atendidos pelo ICB duas vezes por semana, no turno oposto ao das aulas regulares na escola ou creche. Lá, é feito um exame oftalmológico de acuidade visual para verificar o grau da deficiência do aluno e orientar o tratamento adequado”, destacou.

Ela complementou ainda que os alunos com baixa visão são ensinados a fazer o uso da lupa e têm os livros didáticos adaptados com letras maiores. Já os cegos aprendem a usar a máquina em braile e a bengala para andar na rua. Os professores da rede municipal recebem formação do ICB, que indica atividades de sala de aula para alunos com esse perfil e os ensina a utilizar o sistema braile.

Desenvolvimento – A diarista Lúcia Flávia Alves, 47 anos, é mãe de José Leandro, que tem cegueira congênita. Ela se mudou de Conceição do Almeida para Salvador com o objetivo de conseguir uma educação adequada para seu filho, que está matriculado na Escola Municipal Joir Brasileiro, localizada em Brotas.

“No ICB meu filho aprende a socializar, brincar, se comunicar, conhecer o mundo, interagir com outros meninos cegos, ler, escrever em braille, informática e tem aulas de educação física. Já na escola, ele tem uma auxiliar de desenvolvimento infantil, além dos professores e um grupo de acompanhamento”, relatou.

José Leandro, 12 anos, estudante do 7º ano do Ensino Fundamental II, confirmou a avaliação de sua mãe sobre a unidade de ensino. “Eu gosto muito de estudar, conversar, brincar e correr aqui na escola. Já sei escrever meu nome todo e daqui a pouco vou poder ler em braille as histórias que eu quiser”, concluiu

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