BAHIA EM REVISTA

Oficina do artesão auxilia jovens a entrar no mercado de trabalho

Ingressar no mercado de trabalho não é uma tarefa fácil, principalmente por não ter experiências anteriores na bagagem. Para ajudar este público, por meio da Fundação Cidade Mãe (FCM), 17 jovens estão tendo a oportunidade de ter a primeira experiência profissional com a carteira assinada e um diferencial: ao invés de exercer as atividades na empresa, cada jovem se dedica a aprender o ofício de artesão.

O projeto, desenvolvido pela FCM e que segue as diretrizes do Governo Federal, beneficia jovens com idade entre 18 a 23 anos, a partir do 5°ano do Ensino Fundamental. Cada aluno tem a carteira assinada como Jovem Aprendiz e recebe meio salário mínimo para poder se dedicar a formação profissional. Esta é a segunda turma on-line do curso de Artesão com Material Reciclável. As aulas tiveram início na última semana e ocorrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h.

Wesley Ribeiro, 20 de anos, morador da Santa Cruz, é um dos jovens contemplados com o projeto. Ele contou que este é seu primeiro emprego e que tem sido muito positivo vivenciar essa experiência. “Para mim tem sido um aprendizado muito bom. Mesmo o curso ainda estando no começo, a gente sente que é algo que vai agregar muito a nossa vida tanto na área profissional quanto pessoal. Tem sido interessante porque está me possibilitando ampliar minha linha de conhecimento e raciocínio”, contou entusiasmado.

Os jovens foram contemplados após uma seletiva realizada no ano passado e estavam no cadastro reserva para iniciarem as atividades neste ano. Eles foram contratados pela empresa parceira AS Engenharia com todas as garantias previstas na Lei da Aprendizagem 10.097/2000.

A gestora de Equipamento Público do Centro de Convivência Bariri das Artes, Sarah Taís Valverde, explicou que o curso possibilita uma nova perspectiva sobre o mundo. “Vale ressaltar que este projeto favorece oportunidade em um momento como este de dificuldade que enfrentamos. Possibilita não só a inserção no mercado de trabalho, mas a capacitação para isso. E não é apenas um nível técnico de formação, a Fundação está atenta a quem vai ser esse profissional e qual a postura que terá. Nossa missão é formar cidadãos conscientes do seu papel e que tenham criticidade em relação as oportunidades”, detalhou.

Durante o curso, que tem duração de 15 meses, os aprendizes vão se dedicar ao estudo de conteúdos específicos como desenho, meio ambiente, reciclagem, arte e pintura. Além disso, também terão aulas voltadas a aulas direitos trabalhistas, cultura e cidadania, direitos sexuais e reprodutivos além de terem disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Inglês nível básico. O corpo docente é composto por educadores da FCM.

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