BAHIA EM REVISTA

Nova unidade provisória vai abrigar 160 pessoas em situação de rua na Calçada

Em situação de rua desde os sete anos de idade, Luciano Conceição, 29 anos, era só felicidade nesta segunda-feira (30). “Dentre todos os albergues e abrigamentos que já passei, este aqui é o melhor. Tô me sentindo em um quarto do Big Brother e garanto: a partir daqui quero mudar minha vida”, relatou. Ele é um dos 160 abrigados da Unidade de Acolhimento Emergencial da Calçada, inaugurado nesta segunda-feira (30) pela Prefeitura, na Travessa Bom Gosto.

A ação foi realizada com as presenças do prefeito ACM Neto e da secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), Ana Paula Matos, além do corpo técnico da instituição. O serviço socioassistencial será administrado pela Agência Adventista para o Desenvolvimento e Recursos Assistenciais Leste (Adra), através da parceria firmada com a Sempre.

O serviço de acolhimento acontecerá pelo período de até seis meses, neste momento de calamidade e emergência em função do coronavírus. O investimento municipal é de cerca de R$ 1,8 milhão.A unidade fica localizada em um hotel desativado e as vagas foram fruto de um acordo entre a Prefeitura e o proprietário do imóvel.

“Não estão sendo poupados esforços para fazer de tudo no sentido de olhar pelos mais pobres e os que mais precisam, de dar apoio a quem está nas ruas. Foi iniciada, ontem (29), a distribuição de três mil refeições por dia a esse público e o objetivo é de que todas as pessoas em situação de rua que possam ser acolhidas sejam acolhidas. Não apenas esta, mas outras unidades, como hoteis, motéis, abrigos de idosos, tudo o que puder ser preparado para receber e cuidar dos moradores de rua até o fim do coronavírus será feito”, ressaltou ACM Neto.

Antes de entrar na unidade, os usuários passam pelo protocolo de acesso, elaborado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A medida consiste na avaliação prévia das condições dos acolhidos, para realização dos encaminhamentos necessários, que são acolhimento, observação ou tratamento médico.

No local, as pessoas recebem acolhida, alimentação, espaço para higienização pessoal e de pertences, além de atendimentos que visam o desenvolvimento do convívio familiar, grupal e social, cuidados pessoais, orientação para acesso à documentação e atividades de convívio e de organização da vida cotidiana. Durante o acolhimento, também é realizada mobilização para identificação da família extensa ou ampliada, assim como articulações com a rede de serviços socioassistenciais e serviços de outras políticas públicas setoriais e de defesa de direitos.

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