O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia ingressou com uma ação civil pública solicitando indenização no valor de R$ 700 mil, além de pedir à Justiça do Trabalho a desapropriação da fazenda da Agropecuária Vallas, localizada no município de Angical, oeste da Bahia.
A ação prevê ainda o pagamento de R$ 65.629,27 para os três trabalhadores resgatados na semana passada em operação de combate ao trabalho escravo, realizada pela Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo na Bahia (Coetrae), com a participação de servidores do Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho (MPT), Governo do Estado e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Durante a inspeção, realizada na zona rural do município baiano de Angical, a força-tarefa encontrou na manhã do último dia 16/04, cinco trabalhadores em condições análogas às de escravidão em uma plantação de eucalipto na fazenda de propriedade da Vallas. Apenas três deles eram empregados da empresa e foram resgatados.
Uma audiência foi marcada para a semana passada, na sede do MPT em Barreiras, mas Adeilma Almeida Vallas e Andrew Cristopher Vallas, proprietários da fazenda, não compareceram nem enviaram representante. Por isso, eles também estão sendo acionados na Justiça do Trabalho e ainda poderão responder a inquérito criminal junto ao Ministério Público Federal, por submissão de pessoas à condição de escravos.