A solenidade de
tombamento municipal do monumento Marco Comemorativo da Fundação da Cidade e de
19 painéis do artista Carybé será realizada pela Prefeitura, por meio da
Fundação Gregório de Mattos (FGM), nesta sexta-feira (24), às 17h, no Forte São
Diogo – Espaço Carybé das Artes. O monumento, localizado no Farol da Barra,
assim como as obras espalhadas por diversos pontos de Salvador remetem a
história da cidade. Na ocasião, estarão presentes, o prefeito de Salvador, ACM
Neto, o presidente da FGM, Fernando Guerreiro, familiares do artista Carybé e
representantes da sociedade civil.
O tombamento do Marco Comemorativo da Fundação da Cidade
atende ao pedido da Associação de Moradores e Amigos da Barra (Amabarra) e da
Academia de Letras da Bahia (ALB). O regime de registro provisório teve início
em novembro de 2016. O monumento foi oferecido pela colônia portuguesa da Bahia
à cidade consiste de uma coluna de pedra de Lioz, tendo 6 metros de altura,
encimada com um escudo português. Foi erguido em homenagem a fundação da Cidade
do Salvador, inaugurado em 29 de março de 1952, em comemoração ao IV Centenário
de Salvador.
A solicitação relacionada aos painéis de Carybé partiu do
Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, a partir da recomendação do
Conselheiro Nivaldo Andrade, que usou como referência para seleção, o
mapeamento de murais e painéis artísticos de Salvador realizado em 2009 pela
professora Neila Maciel. A equipe técnica da FGM selecionou, inicialmente, as
obras de Carybé, levando em consideração o fato de o artista ter atuado
ativamente no período de 1950-1960, com a produção de maior quantidade de
painéis em edifícios da cidade, com forte expressão temática, privilegiando
elementos da identidade local.
Alegria
da família – Segundo Solange
Carybé, filha do artista, a família está muito lisonjeada com o tombamento das
obras. “É um ato de reconhecimento da cidade de Salvador para com o trabalho
dele. Ele que escolheu morar aqui e estampou a cidade com muitos dos seus
murais que são obras públicas. É muito bacana que a Prefeitura reconheça seus
artistas e suas belezas”, frisou a filha, lembrando que os poucos membros da
família que moram em Salvador estarão presentes na cerimônia de tombamento.
Entre a segunda metade da década de 1940 e a década de 1960
houve uma intensa produção de painéis e murais artísticos em Salvador, por meio
dos artistas: Carybé, Mário Cravo, Carlos Bastos, Genaro de Carvalho, Jenner
Augusto, Maria Célia Amado, entre outros, auxiliando na consolidação da arte
moderna na Bahia. Segundo a FGM, essas obras são reconhecidas mesmo quando
localizadas em imóveis privados.