O livro “Narrativas de Mães” foi lançado no auditório do Arquivo Público Municipal de Salvador, no Comércio. O projeto é capitaneado pela Diretoria de Políticas Públicas para Pessoa com Deficiência, vinculada à Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre).
A obra é resultado do ciclo de palestras onde mulheres com deficiências e mães de pessoas com deficiências, como autismo, microcefalia, síndrome de Down, paralisia cerebral e surdez, compartilharam as próprias histórias e trajetórias. São 21 relatos emocionantes e inspiradores, trazendo narrativas e ensinamentos sobre o amor, resiliência e superação, possibilitando que mais pessoas sejam tocadas pelos relatos e vivências dessas mulheres e mães inspiradoras.
Joana Passos é uma das mães que contribuíram para o lançamento do livro. Ela contou que durante a gestação foi acometida pelo zika vírus e deu à luz a Gabriela, que nasceu com microcefalia. “Estou muito honrada em participar escrevendo uma carta de acolhimento para esse projeto. Foi uma carta que escrevi de alma para ajudar outras mães. Além disso, é muito importante saber que a gente pode contar com o poder público assim de forma tão presente como a Sempre atua”, relatou emocionada.
Presente no evento, a defensora pública Melisa Teixeira ressaltou a importância de falar sobre a maternidade em um projeto coletivo tão importante. “Para mim é uma honra falar sobre a minha experiência como mãe atípica, que também se mistura um pouco com o meu papel de defensora de educação e direitos. Quero também reconhecer o município de Salvador por promover, através da Sempre, espaços de fala e de empoderamento e efetivação do direito das pessoas com deficiência”, declarou.
De acordo com a diretora de Políticas para Pessoas com Deficiência da Sempre, Daiane Pina, a obra servirá de apoio para diversas mães da cidade de Salvador. “Estamos aqui na culminância do ciclo de palestras narrativas de mãe. Os encontros viraram cartas e as cartas viraram um livro que servirá para nortear outras mães que estão recebendo diagnósticos, mães que estão no processo de aceitação, a gente espera que a obra entregue esperança, acolhimento e a certeza de que as crianças com deficiência podem fazer tudo aquilo que elas e suas famílias quiserem”, explicou a gestora. Os exemplares foram distribuídos entre as mães participantes do projeto e também destinados a instituições de assistência às pessoas com deficiência.