As vendas de títulos do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 982,8 milhões em julho deste ano. Segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional, as vendas de títulos atingiram R$ 3,573 bilhões.
O volume para o mês só foi menor do que o valor investido em julho de 2022, que chegou a R$ 4,006 bilhões. Também houve queda em relação ao mês anterior, junho, quando as vendas atingiram R$ 3,811 bilhões. O recorde mensal histórico do Tesouro Direto ocorreu em março deste ano, quando as vendas somaram R$ 6,842 bilhões.
Os resgates totalizaram R$ 2,590 bilhões, sendo R$ 2,427 bilhões relativos a recompras de títulos públicos e R$ 163,2 milhões por vencimentos, quando o prazo do título acaba e o governo precisa reembolsar o investidor com juros.
Os títulos mais procurados pelos investidores foram os corrigidos pela Selic, taxa básica de juros, que corresponderam a 65,6% do total. O interesse por papéis vinculados aos juros básicos é justificado pelo alto nível da taxa Selic. Em março de 2021, o Banco Central (BC) começou a elevar a Selic. A taxa, que estava em 2% ao ano, no menor nível da história, saltou para 13,75% ao ano. No início deste mês, o BC iniciou o ciclo de redução da Selic, mas, mesmo com a expectativa de queda dos juros básicos neste semestre, os investidores continuam a comprar esses títulos.
Já os papéis vinculados à inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) tiveram participação de 22,2% nas vendas, enquanto os prefixados – com juros definidos no momento da emissão – representaram 12,2%.
O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 120 bilhões no fim de julho, com aumento de 1,5% na comparação com o mês anterior (R$ 118,2 bilhões) e de 24,4% em relação a julho do ano passado (R$ 96,4 bilhões).