Renascimento é o título da instalação inédita de Siron Franco, um dos principais artistas plástico do Brasil, composta por 365 manequins suspensos e que pretende celebrar a vida e a esperança na superação da Covid-19, além de homenagear as vítimas da pandemia e os profissionais da saúde.
Em cartaz a partir do dia 15 de janeiro, no jardim do museu Casa das Rosas, a mostra é resultado de uma parceria entre o Museu da Imagem e do Som (MIS) e a Casa, gerenciada pela Poiesis, ambas instituições da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.
A inspiração para Renascimento aconteceu quando Siron Franco retirou um manequim de seu ateliê em Aparecida de Goiânia (GO) e o pendurou em um varal de arame. Ao ver a cena e o efeito daquela representação humana em forma de boneco, nasceu a instalação que traz a ideia de uma população que “flutua”.
As sombras criadas especialmente pelos vestidos femininos dão a impressão de uma festa no céu, em que todos estão dançando. “Os que se foram, representados pelos manequins, bradam pela integração dos povos, pela compreensão que devemos amar à nossa espécie e pela defesa da igualdade e dos direitos inalienáveis de todos. Nas roupas, estará estampada a frase ‘Viva a Diferença, Viva a Humanidade, Viva a América Latina!’, que reforça esse clamor”, explica Siron Franco.
Os manequins, de diferentes tamanhos e volumes, ocupam o jardim da Casa das Rosas e são suspensos por um cabo de aço a seis metros do chão. Vestidos com roupas coloridas, alguns deles têm a “cabeça” coberta por um capuz que, segundo o artista “simbolizam a nossa insegurança quanto ao nosso destino.”