A odontologia hospitalar passa a abranger pacientes com necessidades especiais nas instalações do Hospital Municipal do Homem (HMH), em Monte Serrat, inaugurado pela Prefeitura de Salvador no último mês de julho. O procedimento já é realizado também no Hospital Municipal de Salvador (HMS), em Boca da Mata.
O conceito de paciente com necessidades especiais na odontologia compreende todo usuário que apresente uma ou mais limitações, temporárias ou permanentes, de ordem mental, física, sensorial, emocional, de crescimento ou médica, que o impeça de ser submetido a um atendimento odontológico convencional, precisando assim de um atendimento a nível hospitalar com sedação.
Neste contexto, será possível realizar procedimentos como restaurações, e cirurgias simples, a exemplo de remoções dentárias. O encaminhamento para o serviço será feito após a avaliação dos profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Saúde da Família (USFs) e Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs).
A coordenadora da Saúde Bucal, Mylena Leal, explica que os profissionais foram capacitados para acolher os pacientes. “Entendendo as especificidades de alguns casos que envolvem a odontologia, estamos ampliando nossa atuação também para o Hospital do Homem, para dar assistência de forma especializada e humanizada à nossa população. Para isso, qualificamos os profissionais da unidade, para entender os processos da saúde bucal e também compreender as necessidades dos pacientes que serão encaminhados para tratamento”, pontuou.
Pacientes internados – A Saúde Bucal de Salvador já realiza o acompanhamento dos pacientes internados no Hospital do Homem, abrangendo desde a unidade de terapia intensiva (UTI) até as enfermarias e leitos de observação. Entre os benefícios aos pacientes, os procedimentos odontológicos visam o controle da dor, sangramentos e infecções, além do suporte a tratamentos gerais.
O serviço odontológico impacta positivamente no funcionamento do hospital como um todo. Isso porque, quando estão internados, é normal os pacientes terem uma queda de imunidade e, com isso, as bactérias, fungos e vírus podem se aproveitar para se instalar na boca. Tendo a assistência adequada, evitam-se infecções e outros obstáculos para a breve recuperação do internado. Isso resulta também, além de qualidade de vida, otimização do giro de leitos para outros casos urgentes.