O som do frevo pernambucano misturado com maracatu que entoou na região do Beco da Mota, no Pelourinho, trouxe uma experiência diferente para quem visitava o Centro histórico de Salvador, nesta sexta-feira (10), quando um grupo de 50 pernambucanos festejavam sua estadia na capital baiana.
É o quarto ano consecutivo que o administrador e proprietário da empresa de turismo CastroTur, Luíz Carlos de Castro, 41, vem a Salvador. Na primeira vez, veio com poucos amigos, mas logo de cara se encantou pela cidade, o suficiente para preparar uma excursão e voltar com dois ônibus lotados. “Salvador é o destino mais solicitado pelos turistas e por mim também, que desde a primeira vez que a conheci, retorno sempre”, ressaltou.
Dessa vez Luiz quis fazer diferente: reuniu o grupo e preparou uma festa ao estilo do carnaval de Olinda, com direito a sombrinha de frevo, bandeirolas e pinturas. O proprietário da CastroTur não imaginava que sua iniciativa atrairia tantas pessoas. “Colocamos um som na frente da pousada e começaram a surgir pessoas de todos os lugares, que já moraram em Pernambuco, outras que tem vontade de conhecer, foi uma experiência bem bacana essa troca”, avaliou.
O grupo chegou em Salvador na última terça-feira (7) e, desde então, passaram por diversos pontos turísticos como Igreja do Bonfim, Forte Santa Maria, Praia do Porto da Barra, Morro do Cristo, entre os destinos, fizeram parte do roteiro de viagem do grupo que declarou paixão, em grande maioria, pela praia do Porto da Barra e a Ilha dos Frades.
A secretaria do lar Etiene Ferreira, 46, há anos sonhava em conhecer Salvador, todas as vezes em que via a capital baiana pela televisão despertava o desejo de conhecer pessoalmente. “Tudo aqui é ainda melhor do que imaginei, o povo acolhedor tanto quanto o povo pernambucano, as praias lindas. Quando me perguntam quando vou voltar respondo que eu trouxe minhas malas, agora vou buscar a cuia, porque a vontade que tenho é de não retornar”, brincou.
Única do grupo a ter conhecido o Carnaval de Salvador, a esteticista Maria Clara Martins (44) avaliou a experiência como única. “Viemos com todo gás para curtir ainda mais horas de festa, o carnaval de Salvador é muito semelhante ao de Olinda, a diferença está na musicalidade. A arquitetura da cidade e o acolhimento do povo também nos deixou muito à vontade na cidade, como se estivéssemos em casa”, revelou.