Com o intuito de evitar a gravidez indesejada na adolescência, a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), por meio da Diretoria de Infância e Juventude da pasta, tem realizado palestras sobre o tema em parceria com instituições públicas e privadas. No último dia 7, por exemplo, 254 jovens do Programa Jovem Aprendiz do CIEE participaram do Cine-Debate sobre Educação Sexual e Saúde Reprodutiva, ocorrido no auditório da Universidade Estácio, no Stiep.
A partir de uma metodologia desenvolvida pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), é exibido um filme-documentário chamado “Meninas”, com direção de Sandra Werneck, que retrata a vida de adolescentes grávidas. Em seguida, é promovida uma conversa desses adolescentes com especialistas em educação sexual e saúde reprodutiva.
“Essa ação de orientação quanto a gravidez na adolescência é tema que tem sido muito solicitado pelos parceiros. É um problema de saúde pública que traz uma série de impactos físicos, psicológicos e na inserção de jovens no mercado de trabalho. Por isso estamos ampliando a nossa rede de atuação a partir de parcerias público-privadas”, declara a titular da SPMJ, Fernanda Lordêlo.
“Essa parceria é muito importante para o público que nós atendemos. Falar sobre esse tema nessa fase da aprendizagem é fundamental, porque muitos jovens interrompem o programa por causa de gravidez” pontua a assistente social do CIEE, Elisângela Raimundo.
Saúde pública – Fatores como o início, cada vez mais precoce, de relações sexuais e a baixa taxa de uso de contraceptivos são determinantes na ampliação das taxas de gestação na adolescência. No Brasil são registrados 400 mil casos/ano; no Nordeste, 1,17% dos registros de gravidez ocorrem na faixa etária de 10 a 14 anos e 20,11% de 15 a 19 anos. Os casos tendem a ser mais frequentes nos contextos de maior vulnerabilidade social e de barreiras de acesso a serviços e direitos.
Os dados são da cartilha “Sem Deixar Ninguém para Trás: Gravidez, Maternidade e Violência Sexual na Adolescência”, desenvolvido por meio de uma parceria entre o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/Ufba), o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) e o UNFPA.