A identificação de crianças e adolescentes é uma das ações de caráter preventivo realizadas pela Guarda Civil Municipal (GCM) durante o Carnaval. Para garantir um trabalho mais coeso e dinâmico, o órgão montou seis pontos estratégicos – dois em cada circuito da folia (Dodô, Osmar e Batatinha) – para a distribuição de pulseiras com dados de reconhecimento das crianças e seus responsáveis.
A GCM realiza a ação desde o Carnaval de 2017, atuando também nas grandes festas que ocorrem ao longo do ano na cidade. São distribuídas, em média, cerca de 2 mil pulseiras em cada circuito, por meio de agentes preparados para a operação.
“O número de identificados diariamente varia de acordo com a demanda e, obviamente, com essa mudança de clima, muitas vezes os pais evitam levar as crianças para a festa. Da mesma forma, o número cresce bastante quando o tempo ajuda”, explica o coordenador de Ações e Prevenção à Violência da GCM, James Azevedo.
Estratégia – As equipes distribuem as pulseiras em pontos estratégicos. No circuito Batatinha (Centro Histórico), a distribuição acontece em frente ao Elevador Lacerda e no Terreiro de Jesus. No circuito Dodô (Barra/Ondina), ocorre ao longo da Avenida Oceânica, nas imediações da Rua Airosa Galvão.
Além disso, os agentes percorrem todo o calçadão, garantindo uma cobertura mais eficiente. No circuito Osmar (Campo Grande), há identificadores na Avenida Contorno e na Estação da Lapa, locais que também concentram grande quantidade de pessoas.
“São cerca de 30 agentes atuando somente neste trabalho de distribuição de pulseiras de identificação infantil, além da ação em parceria com outros órgãos, a exemplo do Conselho Tutelar e Ouvidoria Geral do Município (OGM). Os postos da GCM em todos os circuitos também possuem estoques para distribuição, caso solicitados pelas famílias”, detalha Azevedo.
Até o momento, a GCM ainda não registrou ocorrências de crianças perdidas nos circuitos da folia. O trabalho preventivo garante não apenas a proteção de crianças e adolescentes como também pessoas com deficiência, principalmente os deficientes sensoriais, até mesmo adultos, como o caso de autistas, ou mesmo idosos, com solicitação dos parentes.
A identificação contém dados dos responsáveis, como documentos, números de contato e endereços. “Além disso, solicitamos que todos sejam devidamente orientados a procurar um agente público de segurança, caso se percam dos pais e responsáveis”, conclui James Azevedo.
Tranquilidade – Aline Cardoso, 38 anos, trouxe a filha Camille, de 7 anos, para se identificar. “Esse trabalho é muito importante, pois, por conter meus dados de documentação e telefones para contato, ajuda minha filha a me encontrar, caso ela se perca em algum momento no circuito”.
Para o paulista Evandro Sakis, que passa o Carnaval anualmente com a família de Salvador, o trabalho da Guarda contribui para a segurança e dá tranquilidade aos pais. “É uma forma de garantir a segurança das crianças nesse mar de gente que está nas ruas. Nossa família é uma joia rara e precisa ser protegida da melhor maneira possível”.