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Estudo avalia a saúde cardiovascular dos tamanduás-bandeiras

Antes presente em quase todo o território brasileiro e em grande parte da América do Sul, o tamanduá-bandeira é uma das espécies ameaçadas de extinção no país e requer cuidados que vão além da preservação do seu habitat. Um estudo realizado por universidade federais indica que essa espécie, quando resgatada e em cativeiro, precisa de atenção especial por seu risco aumentado de problemas cardíacos.

O trabalho, publicado no periódico acadêmico Journal of Zoo and Wildlife Medicine, identificou que os animais nessa condição acabam desenvolvendo quadros de insuficiência cardíaca em razão da alimentação inadequada.

A pesquisa foi realizada pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), com participação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Para o professor do Departamento de Ciências Fisiológicas do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde da UFRRJ, Sávio Amado da Silva, as conclusões são um passo importante para a preservação da espécie, por reconhecer a predisposição dos tamanduás-bandeiras a doenças cardíacas, especialmente entre os animais resgatados, que foram obrigados a viver em criadouros artificiais ou que se tornaram cativos em zoológicos.

“Considerando que a cardiomegalia e outras doenças cardíacas são frequentes nessa espécie e podem levar à morte desses animais, o estabelecimento dos parâmetros próprios e confiáveis na ecocardiografia é o primeiro grande passo para termos segurança no diagnóstico de doenças cardíacas. Logo, a partir desse padrão, haverá maior eficiência no tratamento de animais doentes, que poderão ser recuperados em menor tempo, viabilizando a reprodução e manutenção de suas populações, seja em cativeiro ou na vida-livre”, afirma.

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