BAHIA EM REVISTA

Boca de Brasa proporciona visibilidade para jovens artistas de Salvador

Jovens de diferentes bairros de Salvador estão tendo a oportunidade de realizar o sonho de seguir carreira na área artística e cultural por meio dos Polos Criativos Boca de Brasa. Assim tem sido com Carlos Victor de Jesus, 21 anos; com Odilon Santos Cerqueira, mais conhecido como DICERQUEIRA, 32; Agatha Virgens, 33; e Júlia Reis, de 15. Cada um deles encontrou nas atividades formativas do programa a chance de se dedicar ao que realmente gosta e de obter sucesso profissional e pessoal no ramo com o qual mais se identifica.

Carlos Victor atualmente é produtor cultural e audiovisual, e membro do Conselho Municipal de Política Cultural de Salvador, representando o bairro de Valéria e o Subúrbio. “Eu participei do Boca de Brasa desde 2018, quando eu tinha 16 anos. Eu vi sendo construída esta praça aqui do CEU de Valéria [Centro de Esportes Unificados de Valéria] e agora a gente está tendo a oportunidade de poder levar os nossos trabalhos a um patamar mais profissional”, conta.

Após cursar sonorização e iluminação, gestão cultural e teatro no Boca de Brasa do Subúrbio, Carlos Victor foi diretor e roteirista do documentário “Ecoar Valéria”, lançado em dezembro do ano passado. Exibido no Cine Glauber Rocha, durante o Festival Boca de Brasa, o documentário, disponível no YouTube (https://youtu.be/rjdMTLZPMaM?si=lbcDN9JuS3LqotwR), fala sobre a importância e os impactos que a cultura e os projetos culturais tiveram nas comunidades.

Em julho deste ano, o produtor cultural promoveu a primeira edição do Festival Artes Suburbanas, com o objetivo de mais uma vez dar visibilidade à arte e à cultura desenvolvidas em seu bairro de origem. Para um futuro próximo, o jovem já está buscando parcerias para promover duas oficinas para a qualificação dos jovens da comunidade: uma de audiovisual e a outra de criação e desenvolvimento de projetos.

“Enquanto morador e representante do bairro, eu, que participei do Boca de Brasa como aluno, vi tudo isso sendo construído, vi o quanto era difícil antes adentrar esses espaços. Hoje vejo que são espaços abertos para a gente, para a comunidade, isso é muito importante. São atividades que mostram o nosso talento no teatro, no hip hop, na música, e na dança, em geral. O nosso poder no setor audiovisual também vem expandindo exponencialmente e o meu desejo é que essas oportunidades continuem se aflorando”, afirma.

Música – Considerado por muitos como um dos nomes da nova cena musical soteropolitana, DICERQUEIRA encontrou no Polo Criativo Boca de Brasa Cidade Baixa um dos incentivos para aprimorar a sua carreira enquanto artista independente. O jovem de 32 anos arrancou a vibração da plateia durante apresentação do Palco Aberto, evento que marcou o ponto alto dos projetos do polo criativo Cidade Baixa no ano passado.

A dedicação à área musical e o apoio que já recebeu tem proporcionado bons frutos ao trabalho que desenvolve. As canções, videoclipes e imagens de DICERQUEIRA estão expostas no Museu Cidade da Música da Bahia desde a inauguração do equipamento. O rapper também já venceu o prêmio de Melhor Intérprete Vocal em um festival de música de uma rádio baiana. No Carnaval deste ano, ele se apresentou no Beco das Cores, na Barra, e no palco Colorindo Salvador, no Dois de Julho, representando a comunidade LGBTQIA+ da qual faz parte.

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