BAHIA EM REVISTA

Bike Salvador registra aumento de 82% de novos usuários em 2021

O Bike Salvador, projeto implementado na cidade há oito anos como parte do Movimento Salvador Vai de Bike (MSVB), com patrocínio do Itaú e operacionalizado pela Tembici, cresceu 82% no número de usuários em 2021, em comparação com 2020. Além disso, no mesmo período, a quantidade de viagens registradas teve crescimento de 100%.

 

O sistema dispõe de 400 bikes e 50 estações distribuídas pela cidade funcionando 24 horas por dia, sete dias da semana. Na avaliação de 2021 as estações com mais retiradas e devoluções na capital baiana são Porto da Barra, Barra/Professor Lemos Brito e Itapuã/Pedra da Sereia.

 

“Trazer o projeto Bike Salvador foi o pontapé inicial do MSVB em direção à cidade que vemos hoje, cada vez mais amiga das bicicletas e empenhada em estar segura para os ciclistas. Há oito anos, alguns céticos falavam que Salvador não tinha nem estrutura geográfica para as bikes. Hoje, centenas de ações realizadas, desde a ampliação da estrutura cicloviária até ações educativas e de incentivo ao uso das bicicletas, nos dão a certeza de que valeu a pena. E continuaremos caminhando para estar sempre mais e mais adaptados”, ressalta o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, que também é idealizador e coordenador do MSVB.

 

Usuária do sistema desde 2018, a jornalista Roseli Servilha, 31 anos, conta que já utilizou as laranjinhas tanto para passear na orla quanto para ir à faculdade e estágio durante o período de estudos. “Quando eu estudava em Ondina e morava no Rio Vermelho fiz, por diversas vezes, o percurso pedalando. Acho o Bike Salvador uma iniciativa bem bacana porque o valor do aluguel da bicicleta é pequeno e dá para ficar com ela pelo período entre 45 a 90 minutos. O melhor de tudo é que dá para devolver as bicicletas em qualquer estação do projeto. Isso traz mais comodidade do que se eu saísse com uma bike própria, por exemplo, e surgisse um compromisso no meio do caminho. Eu teria que voltar para casa para guardá-la”, pontua.

 

Economia – Além da economia de tempo e maior qualidade de vida, andar de bike também é benéfico para o bolso. De acordo com a ferramenta criada pela Tembici, que calcula e compara o gasto de todos os modais com base nas distâncias percorridas, um trajeto diário de 5 km, por exemplo, sai por mais de R$980 no mês quando feito de carro, enquanto no transporte público o gasto é em média R$230. Já com bikes compartilhadas, o custo mensal é, em média, menor do que R$30.

 

Instrutor de bicicleta na Pituba, Daniel Bagdeve, 45 anos, acredita que o crescimento do uso de bicicletas compartilhadas foi intensificado com a pandemia da Covid-19. “Muitas pessoas sentiram a necessidade de utilizar esse modal com receio do transporte coletivo. Andar de bike, logo, passou a ser um hábito não apenas para ir à praia ou qualquer outro passeio, mas para chegar ao trabalho. Hoje, nos horários de pico, vejo estações do Bike Salvador com grande demanda e filas de pessoas tanto para fazer devolução das bikes quanto esperando para alugá-las”, explica.

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