BAHIA EM REVISTA

Bibliotecas municipais de Salvador recebem cerca de 6 mil leitores anuais

O mês de abril é marcado por datas comemorativas voltadas para o livro e o incentivo à leitura.  As três bibliotecas municipais de Salvador recebem 6 mil visitantes anuais, aproximadamente.

A Biblioteca Denise Tavares, no bairro da Liberdade, desenvolve ações voltadas para a faixa etária entre 10 e 16 anos. Já a Biblioteca Edgard Santos, no bairro da Ribeira, a mais antiga unidade municipal, possui todo o desenvolvimento para o leitor mais maduro, com idades entre 30 e 50 anos. No caso da Biblioteca Nair Goulart, em Valéria, as ações ocorrem com foco voltado para o leitor jovem, entre 14 e 18 anos, sempre pensando naquela comunidade onde está inserida, seus costumes e desejos.

Nas bibliotecas municipais é adotado o sistema de relatório mensal, onde os bibliotecários precisam enviar dados como o quantitativo de acesso às um cidades, faixa etária de visitantes e assuntos pesquisados, dentre outros indicadores, de forma que a Gerência de Bibliotecas da Fundação Gregório de Mattos (FGM) possa desenvolver ações em torno desses dados, além de munir esses equipamentos com um tipo de literatura que seja realmente absorvida pela comunidade.

Adequação ao perfil – “Nesse caso, se for observado que determinada comunidade concentra uma média de leitores infantis em cerca de 40%, por exemplo, será necessário aumentar o contingente de literatura para este público, de modo que as crianças daquela área se interessem mais e tenham sua demanda suprida. Por outro lado, se a média de leitores em outra unidade for de 80% voltada para literatura negra ou social, logo, será necessário levar para esta comunidade o que é exigido. Dessa forma, começamos a desenvolver projetos, como é o caso do ‘Artes de Ori’, que em 2025 chegou à sua 3ª edição, trabalhando com oficinas de tranças de cabelo (Ori, em iorubá, significa ‘cabeça’), então, é fazer arte na cabeça”, explica Jane Palma, gerente de Bibliotecas e Promoção do Livro e Leitura da FGM.

Nos dois últimos anos, o projeto Arte de Ori foi desenvolvido nas três bibliotecas municipais: Liberdade, Valéria e Ribeira, reunindo 60 alunas das respectivas comunidades, que participaram das oficinas, receberam certificados e integraram um desfile na etapa final do programa. “O processo da leitura vai além de um espaço físico. Por conta disso, a FGM tem trabalhado nesses projetos sociocomunitários, visando chegar cada vez mais próximo do leitor”, justifica Jane Palma.

“Mais do que figuras, o livro infantil tem a função de fortalecer a identidade e também confortar ações junto ao público infantil, auxiliando no desenvolvimento de ações antibullying, com um trabalho de base para demonstrar a importância do livro de tro da formação cultural e educacional de uma criança. Hoje, os livros infantis trazem conceito”, avalia Jane Palma.

Demais iniciativas – A Gerência de Bibliotecas da Fundação Gregório de Mattos (FGM) também desenvolve políticas públicas de fomento à leitura e à difusão de autores e livros na cidade, por meio do desenvolvimento de projetos de cunho comunitário. Com isso, desde 2017, foram agregadas aos projetos de leitura mais 26 unidades de bibliotecas comunitárias, atendendo o leitor de todas as regiões da capital baiana, desenvolvendo o perfil de cada unidade de acordo com determinada comunidade.

Já o Selo João Ubaldo Ribeiro, projeto desenvolvido para movimentar a cadeia criativa da literatura em Salvador, bem como fomentar a economia de autores e editores, apresenta, de dois em dois anos, novos autores e propostas, e é mais uma ação municipal de incentivo à leitura. Além disso, em parceria com professoras da creche Primeiro Passo, no bairro de Periperi, a FGM inaugurou, em dezembro de 2024, a primeira Bebeteca Antirracista, com um trabalho voltado para a infância.

 

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