A Casa do Benin, no Pelourinho, recebe, até o próximo dia 10 de dezembro, o projeto de ocupação Fantasmagorias Dahomeanas, que reúne oficinas de dança, cineclube, exposição artística contemporânea e roda de conversa.
O título do projeto faz uma alusão aos fantasmas por ser algo que está escondido, oculto ou adormecido, mas que precisa vir à tona. “É uma espécie de recalque de algo que precisa ser trabalhado”, explica Paola Barreto, coordenadora geral de ocupação da Casa do Benin e professora do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) da Ufba.
Segundo ela, o projeto procura dar visibilidade aos diversos aspectos das heranças que o Brasil herda do antigo reino do Daomé, que hoje recebe o nome de República do Benin, além de motivar uma reflexão sobre como esses ecos se reverberam no presente. Com a exposição, há também uma preocupação com o incentivo a artistas emergentes locais e do recôncavo.
“Eu acho que essa partilha de conhecimento que estamos buscando proporcionar aqui é importante, porque está associando saberes e práticas que a gente produz dentro do espaço da universidade, mas também com mestres do saber, artistas, curadores e outros produtores de conhecimento, que não necessariamente estão vinculados à universidade. Ganha a sociedade e a universidade com esse tipo prática”, afirma Paola Barreto.