Agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realizaram, nesta terça-feira (17), inspeção em três imóveis que estavam fechados no bairro da Federação e que poderiam servir como possíveis geradores de foco do Aedes aegypti. A região onde estão localizadas as estruturas visitadas possui índice elevado de infestação do mosquito – pouco acima de 3%, de acordo com levantamento realizado este ano.
Os três imóveis vistoriados ficam próximos a um terreno baldio. Um funcionava como uma academia, outro como um estúdio de música e outro é residencial. Desde o início do ano, o CCZ recorreu a pontos comerciais da vizinhança para localizar os proprietários, sem obter sucesso. A medida, portanto, foi acionar uma empresa contratada pela Prefeitura para que um chaveiro abrisse as portas das propriedades. A ação também contou com a participação da Guarda Civil Municipal (GCM).
“Identificamos se há possíveis focos do Aedes para eliminá-los e fecharemos os imóveis de volta. Dentro de 60 dias retornaremos com um novo ciclo de visitas e, até lá, tentaremos contatar os proprietários para que eles mesmos mantenham a áreas inspecionadas. Não podemos estar a todo o momento abrindo esses imóveis”, disse a chefe do Setor de Informações em Zoonoses, Ana Galvão. Ela lembrou que, em breve, a Prefeitura deverá publicar uma portaria municipal que estipulará as sanções e penalidades a proprietários de imóveis abandonados, conforme já anunciado pelo prefeito ACM Neto
Segundo o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado na primeira semana de janeiro, o Índice de Infestação Predial (IIP) na capital baiana é de 2,3%, ou seja, a cada 100 imóveis visitados, pelo menos dois possuem focos do mosquito. “No caso de áreas como essas da Federação, estamos tentando identificar o porquê desse aumento. Há diversas causas, às vezes é um terreno baldio, imóveis fechados e depósitos”, complementou Ana.
Intensificação – Neste cenário, a Prefeitura tem atuado com a intensificação de estratégias para o enfrentamento ao Aedes. Um trabalho conjunto da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb) tem promovido o trabalho de limpeza nos bairros, com maior atenção onde há foco.
A chegada do outono também traz um alerta, já que é nessa estação que ocorre os períodos mais intensos de chuvas na cidade. “O Ministério da Saúde prevê aumento dos casos de arboviroses (dengue, zika e chikungunya) pra abril e maio, assim como várias outras doenças como leptospirose e, agora, o coronavírus. Ou seja, um aglomerado de doenças que a população pode ajudar a combater adotando práticas e medidas que a Prefeitura, através da SMS, preconiza”, reforçou a chefe do Setor de Informações em Zoonoses.
Em relação do combate ao Aedes aegypti, mesmo com o intensivo trabalho realizado pela Prefeitura, o maior agente de combate ao mosquito continua sendo a população, que pode evitar água parada em recipientes abertos. Quem quiser denunciar imóveis em situação de abandono pode acionar o Fala Salvador, pelo telefone 156 ou site www. fala. salvador. ba. gov. br.