BAHIA EM REVISTA

Prefeitura de Salvador intensifica combate à leptospirose

Com foco na prevenção e no combate à leptospirose, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), órgão vinculado à Prefeitura de Salvador, tem intensificado as ações de prevenção e controle aos roedores. A mobilização especial acontece no período que antecede o verão – alta estação na capital baiana com grande circulação de moradores e turistas.

As atividades estão programadas para locais como praças, orla marítima, mercados municipais, feiras, estações de transbordo e circuitos turísticos, com o intuito de reduzir a infestação de roedores e, consequentemente, o risco da infecção por leptospirose. As equipes envolvidas também vão reforçar as orientações e ações educativas, para conscientizar a população sobre práticas sanitárias que vão beneficiar o coletivo no combate à doença.

O trabalho dos agentes de endemia ainda se estenderá ao monitoramento e intervenção química em bocas de lobo, córregos e canais para redução de ratos em toda a cidade, o que minimiza os riscos de transmissão. “Vamos unir todos os esforços para que a capital baiana possa reduzir significativamente os indicadores para a doença, além de oferecer um espaço saudável de circulação para os turistas nesse período. Não dá para esquecer que cada cidadão é o agente da própria rua e deve ter noção de bons hábitos, como evitar lixo em locais públicos. O acondicionamento melhor dos resíduos ajuda bastante a reduzir a infestação de roedores e, consequentemente, a ocorrência de leptospirose”, explica Andrea Salvador, diretora de Vigilância e Saúde.

Doença e sintomas – Doença infecciosa causada por uma bactéria chamada leptospira, a leptospirose pode ser transmitida ao homem em situações de enchentes e inundações, quando a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama, tornando vulnerável qualquer pessoa que tenha contato com substâncias contaminadas, penetrando no corpo através da pele via arranhões ou ferimentos.

Os sintomas mais frequentes são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo e principalmente nas panturrilhas. Nas formas mais graves, geralmente aparece icterícia, caracterizada pela coloração amarelada de pele e olhos, sendo necessários cuidados especiais. Para prevenir é preciso evitar o contato com água ou lama de enchentes, bem como evitar que crianças nadem ou brinquem nessas águas.

Além disso, é necessário utilizar botas e luvas de borracha, ou mesmo sacos plásticos amarrados nas mãos e nos pés, para a realização da limpeza de lama, entulhos e desentupimento de esgoto. O lixo deve ser acondicionado de forma adequada, e colocado na via pública em horários que a limpeza urbana possa recolhê-los, os alimentos devem ser armazenados de forma adequada, assim como frestas e aberturas em portas e paredes devem ser vedadas, evitando assim a presença e infestação de roedores.

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