BAHIA EM REVISTA

Alunos da rede municipal aprendem a valorizar Salvador através da arte

Salvador é conhecida mundialmente por seus diversos pontos turísticos. Por aqui, temos os icônicos Farol da Barra, Elevador Lacerda e os imponentes casarões do Pelourinho, bairro que é Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Fomentar a importância dessas representações na educação básica é uma forma de criar cidadãos com senso de preservação e valorização.

Os primeiros passos para isso podem começar a ser dados por meio da arte em sala de aula. Na Escola Municipal Antônio Euzébio, no Cabula, por exemplo, uma turma de alunos se dedicou a desenhar os cartões postais que mais chamavam sua atenção na capital baiana. Embora muitos deles sequer tenham tido a oportunidade de visitar pessoalmente esses pontos turísticos, os pequenos exerceram sua criatividade, resgataram na memória imagens vistas em outras aulas e na televisão e, com lápis de cor, deram vida aos monumentos.

Essa atividade não foi algo pontual na unidade de ensino; ao longo do ano letivo, outras ações de valorização da cidade são colocadas em prática, sobretudo nos meses que antecedem o aniversário de Salvador, que completou 475 anos no último dia 29 de março.

“Eu trabalho com todas as turmas, principalmente no período do aniversário da nossa cidade. Vivemos em um lugar histórico, e muitos deles ainda não conhecem os pontos pessoalmente; já ouviram falar, mas não conhecem. Em sala de aula, eu sempre trago atividades que estimulam a reflexão, faço um mosaico dos pontos turísticos e pergunto qual é a sua importância. Assim, eles aprendem um pouco sobre onde a cidade de Salvador surgiu e qual é a sua localização”, explica a professora Tereza Cristina Andrade.

Ainda de acordo com ela, trabalhar a temática com algo lúdico, como no caso da pintura, ajuda na melhor interação dos pequenos durante as aulas. A profissional da educação também incentiva seus alunos a escrever sobre a história dos pontos turísticos e históricos.

“Eu acho que a arte proporciona à criança a liberdade de ver e reconstruir. Por isso, gosto de trabalhar muito a arte em relação aos pontos turísticos históricos, ajuda na coordenação motora fina e grossa, na leitura de imagens e até no uso de mapas de localização geográfica”, completa Tereza.

Jomaria Alessandra, vice-diretora, destaca a importância de ensinar às crianças sobre os pontos turísticos de Salvador para promover um sentimento de pertencimento e valorização da cidade. Ela acredita que, como cidadãos soteropolitanos, as crianças devem conhecer o lugar onde nasceram e morar, se orgulhar dele e se sentirem responsáveis por sua preservação.

“Entendemos que, como membros da cidade, elas precisam conhecer para valorizar. Para que elas desenvolvam esse senso de valorização, é necessário que, antes de tudo, tenham um senso de pertencimento. Elas precisam sentir orgulho de pertencer a uma cidade eminentemente turística, procurada por pessoas de diversos lugares do mundo.

Elas têm o privilégio de viver e conviver com essa história e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de conservá-la. Nós sempre dizemos que as crianças só aprenderão a valorizar aquilo que conhecem, vivenciam e gostam”, comenta.

Arthur Cruz Gonzaga, aluno do terceiro ano, conhece alguns pontos turísticos da cidade, como o Farol da Barra, o Pelourinho, o Mercado Modelo e o Forte de Santo Antônio da Barra. Ele foi levado para conhecer os locais na companhia da mãe e da avó. “Escolhi desenhar o Elevador Lacerda porque gosto muito de elevadores; quando fui, tive uma sensação boa”, resume o garoto.”

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