Na histórica Praça Ramos de Queirós, no Pelourinho, um tesouro cultural espera visitantes ávidos por conhecer mais sobre o Carnaval de Salvador. A Sala de Leitura da Casa do Carnaval, inaugurada em 2018, é um refúgio de conhecimento acessível ao público de terça a domingo, das 10h às 18h. Os ingressos custam R$20, sendo que estudantes, moradores de Salvador e pessoas com mais de 60 anos pagam meia entrada. Às quartas-feiras, a visitação é gratuita para todos os públicos.
Dentro deste icônico edifício, mais de 50 livros compõem um acervo cuidadosamente selecionado. Segundo Romilson Vieira, mediador cultural da casa, os exemplares são estritamente destinados à leitura no local, servindo como guias para explorar a rica história e tradições da folia soteropolitana. “Temos livros aqui que descrevem literalmente várias histórias da cidade, dos blocos, dos ritmos e muito mais”, afirmou.
Este ambiente de aprendizado é elogiado por Gonçalo Gonzalez, um comerciante uruguaio que veio para Salvador com a família na busca explorar os detalhes da cidade. “Fiquei encantado com o conforto do local e estou muito impactado com a vista, é incrível. Além disso, gostei muito dos livros e das imagens, gostaria de ver ainda mais”, contou.
Para Miguel Santos, um aposentado soteropolitano de 70 anos, a experiência na sala é um mergulho nostálgico na história de sua amada Salvador. Ele descreve os livros como fontes ricas de informações, repletos de imagens que evocam memórias profundas e revelam aspectos pouco conhecidos da cidade. “Estou achando ótimo, porque além de ser confortável realmente, tem muita informação. Eu adoro a nossa cidade e, principalmente, a história dela”, disse.
Raízes culturais – Para um grupo de jovens estudantes de 22 anos, representados por Lyz Abbade, Maria Clara Bastos e Paula Moreno, a sala é um convite irresistível ao aprendizado. Elas destacam a atmosfera aconchegante, a iluminação cuidadosa e a decoração envolvente que tornam o espaço ideal para explorar a história da cidade.
“A gente gosta de ver as fotos, de como começou tudo isso. E como eu moro em um circuito do Carnaval (Dodô), é massa ver as fotos do que a gente presencia lá, da porta de casa, tudo aqui contando a história, então é muito legal”, falou Maria Clara, moradora da Barra.