A capital baiana recebeu, na última década, um conjunto de ações municipais para conservação e ampliação da natureza existente, a fim de reduzir os efeitos climáticos e consequentemente melhorar a qualidade de vida da população. No período, a Prefeitura plantou cerca de 110 mil árvores por toda a cidade, além de preservar 26 mil km quadrados de mata atlântica, recuperando parques e áreas verdes.
Um dos exemplos mais recentes foi o início da construção do Centro de Interpretação da Mata Atlântica, no Bonfim, em setembro passado. A intervenção segue em andamento e envolve a requalificação de uma área de 13,8 mil metros quadrados num horto situado na Rua Balden Powell, próximo ao Hospital Sagrada Família.
A estrutura teve investimento de R$ 7,1 milhões e vai ampliar o cultivo de espécimes arbóreos e plantas para o uso no paisagismo da cidade. O espaço terá capacidade para produzir cerca de 12 mil mudas.
A implantação do Centro de Interpretação da Mata Atlântica se junta a outras iniciativas voltadas para a agenda de sustentabilidade. A capital baiana teve áreas verdes requalificadas, a exemplos do Parque da Cidade (no Itaigara), Lagoas dos Pássaros e dos Dinossauros (ambas no Stiep), o Parque da Pedra de Xangô (Cajazeiras), Parque do Ventos (Boca do Rio) e Jardim Botânico (São Marcos).
Ainda integram o rol de ações municipais em curso a Caravana Mata Atlântica, que distribui mudas gratuitamente para os soteropolitanos, o IPTU Verde, voltado para empreendimentos imobiliários que realizam ações de sustentabilidade em suas construções, e o Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU) – lei que define diretrizes e estratégias de planejamento, implantação, reposição e manutenção da arborização em espaços públicos da cidade, entre outras medidas.
“Temos convicção e consciência que hoje Salvador é uma referência no Brasil na área de sustentabilidade, com tantas iniciativas bem-sucedidas para preservação do meio ambiente e para redução dos gases de efeito estufa”, destaca Bruno Reis.
Leis – Outras medidas foram adotadas pelo município para minimizar a poluição ambiental. O prefeito Bruno Reis sancionou, na última terça-feira (19), a lei 9.805/2024 que proíbe o fornecimento de canudos plásticos. Com isso, bares, restaurantes, padarias, clubes, hotéis e eventos terão que substituir por utensílios similares de matéria-prima reciclável, comestível ou biodegradável e embalado individualmente.
Os estabelecimentos terão o prazo de até um ano e meio para se adaptarem à nova regra, a depender do modelo de empresa. O não cumprimento da lei pode acarretar penalidades que variam de advertência e intimação a multas.
Ainda esta semana, o prefeito sancionou a lei 9.806/2024 que determina obrigatoriedade de terminal para carregamento de veículos elétricos em novos empreendimentos residenciais e comerciais na cidade. A medida passa a valer a partir daqui a um ano, período em que a vigência começa.