BAHIA EM REVISTA

Sem combustível, 120 poços públicos deixam de funcionar em Gaza

Cerca de 120 poços públicos e uma central de dessalinização de água encerraram as atividades nesta quinta-feira (2) por falta de combustível na Faixa de Gaza. Ao mesmo tempo, a única central que trata a água do mar de Gaza, ainda em operação, reduziu as atividades “a um nível mínimo e fornece apenas distribuição por caminhão-pipa”, diz informe do Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (Ocha).

A instituição da ONU afirmou que a última entrega de combustível para as instalações ocorreu no dia 29 de outubro. Além disso, duas das três linhas de abastecimento de água de Israel para Faixa de Gaza estão sem funcionar. A única em operação é a que abastece a área média do enclave palestina, “fornecendo cerca de 500 metros cúbicos de água potável por hora às áreas de Nuseirat, Bureij, Maghazi e Zawaida”.

As instituições de ajuda humanitária na Faixa de Gaza têm apelado para que Israel permita a entrada de combustível na região, necessário para o funcionamento desses equipamentos de dessalinização de água, além ser usado em hospitais, padarias e para transporte interno.

A Ocha acrescentou que a linha de abastecimento da cidade de Khan Yunis, que parou de funcionar no dia 30 de outubro “por razões pouco claras”, ainda não foi restabelecida. “Anteriormente, esta linha fornecia 600 metros cúbicos de água potável por hora. O terceiro aqueduto de Israel ao norte de Gaza também permanece fechado desde 8 de outubro”, diz o comunicado.

Com isso, os parceiros da entidade da ONU responsável pelo monitoramento do acesso à água na Faixa de Gaza estimam que o consumo de água “caiu de 25 para apenas cinco litros por dia per capita. Com exceção de alguns agregados familiares na Área Central ligados à rede, a maioria das pessoas depende do transporte de água e da água engarrafada como assistência”.

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