A Equipe de Saúde Especializada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) promoveu, na semana passada, um treinamento de primeiros socorros para colaboradores das Prefeituras-Bairro. A atividade foi realizada na Central do Samu, em Pau Miúdo, e também ocorrerá outra edição na próxima segunda-feira (24), com o objetivo de proporcionar e incentivar a cultura da prevenção de acidentes para minimizar os agravos sofridos pela população nos casos que não tenha a presença de uma equipe médica.
O curso tem duração de quatro horas e, durante o treinamento, o público pode interagir, através de perguntas e exemplos com os instrutores, a fim de proporcionar um ambiente facilitador e criativo, criando a interação ambiente-instrutor-aluno, utilizando sempre uma linguagem adequada de forma clara e objetiva.
O coordenador médico do Samu, Ivan Paiva, ressaltou que as ações de Primeiros Socorros são importantes para que as pessoas saibam como lidar com situações adversas, desde ferimentos leves até convulsões. “O que se busca no treinamento, especialmente em locais de grande circulação, é que se possa perceber se a pessoa está tendo uma parada cardíaca, se o ferimento é muito grave, como acionar o 192 e orientar o médico regulador, que é quem recebe a ligação, com informações precisas para auxiliar até que o socorro chegue”.
De acordo com a chefe do Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Samu, Nadja Gonçalves, as atividades agregam também os profissionais das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) nos treinamentos, com ciclos contínuos. “Procuramos também aproximar o Samu da comunidade, com atividades como o Viva Coração, Samu nas Escolas e Primeiros Socorros nas Escolas, além do Samu Solidário para grandes empresas e serviços”.
Conhecimento – Atendente da Prefeitura-Bairro Valéria, Sara Oliveira atua na parte de marcação de exames e contou que já passou por uma situação em que teve que atender uma cidadã que passava mal na unidade. “Eu que trabalho nessa área de saúde, onde muitos dos atendidos são idosos, fazem uso de medicamentos, andam sozinhos e precisam de suporte, é fundamental ter esse conhecimento. Antes da pandemia, me lembro que uma senhora que eu sempre atendia estava passando mal, porque não tinha tomado o remédio para pressão e insulina. Então fiz uma entrevista para saber se ela havia se alimentado, tomado os medicamentos e, a partir daí, ligamos para o Samu e ela foi conduzida para uma unidade. O conhecimento nessa hora ajudou bastante”.