Danilo Souza, motorista de 31 anos, viajou de Seabra, sua cidade natal, para curtir o Festival Virada Salvador com sua família pela primeira vez, mas faz questão de ressaltar que não importa onde passe o réveillon, uma coisa nunca muda: ele sempre se veste de vermelho para celebrar o ano novo.
“Costumo romper o ano vestido de vermelho porque nasci no dia 24 de dezembro, no Natal, então essa sempre foi minha cor predileta. Além disso, o vermelho estimula a criatividade e é uma cor muito poderosa para afastar as energias negativas”, explicou.
Já Jamile Pereira, nutricionista soteropolitana de 27 anos, que também vai celebrar o ano novo na Arena Daniela Mercury, não abre mão da tradição brasileira de vestir roupa branca na passagem de ano. No caso dela, no entanto, com um detalhe especial.
“Gosto de vestir branco na festa de ano novo porque simboliza a paz. É fundamental a gente ter paz de espírito e contribuir para a construção da paz no mundo. Além disso, também gosto de usar acessórios, pulseiras, brincos ou colares dourados. Neste caso, é para atrair mais dinheiro mesmo”, se divertiu.
Embora seja uma cor importante para diferentes religiões, como o islamismo e o budismo, a tradição brasileira de vestir de branco na virada do ano se vincula às religiões de matriz africana, tanto porque as roupas brancas, ou roupas de ração, são as de uso comum dentro do espaço religioso do culto afro quanto porque branca é a cor associada a Oxalá, um dos orixás mais importantes do panteão dos candomblés e que simboliza a paz.