Durante o Maio Laranja, através da Campanha Nacional Faça Bonito, o corpo docente da Escola Municipal Saturnino Cabral, localizada em Cosme de Farias, se mobilizou a fim de conscientizar pais e crianças sobre formas de defesa contra violência sexual infantil e erotização precoce. Nesta quarta-feira (18), acontece o dia D da Campanha Faça Bonito, englobando um bate-papo entre o Conselho Tutelar e as crianças do 3º ao 5º ano, levando formas de defesa de abusos para alunos de oito a 11 anos.
Para as crianças da educação infantil, haverá a contação de história Chapeuzinho Laranja. Essa dramaturgia, de autoria de Renato Borges, traz a narrativa de duas crianças. Uma delas tem um contato sexualizado com um adulto, a outra, instrui as formas corretas de comportamento para que não se viva um abuso.
“A aceitação tem sido incrível. Tenho ouvido relatos emocionantes que mostram a confiança que as crianças depositam na escola e nos professores. Nós somos um referencial de confiabilidade desses meninos e meninas. Eles vêem a escola como um ambiente de amparo e cuidado”, ressaltou Borges.
Iniciativa – O professor e idealizador do projeto, Renato Borges, explicou o objetivo das ações. “Infelizmente, nossas crianças estão expostas ao abuso sexual até dentro das próprias casas. Pensando em uma forma de combater essa violação de direitos, aproveitamos o Maio Laranja para trazer conteúdos de alerta, a fim de conscientizar meninos, meninas e responsáveis sobre sinais de violência. As atividades lúdicas têm como propósito criar uma rede de proteção, iniciada pela própria criança, que precisa estar atenta para frustrar estratégias de possíveis abusadores”, destaca o professor.
Esta semana, cerca de 30 alunos, entre 6 e 7 anos, conheceram a história Kiko e a Mão, livro produzido pelo Conselho da Europa na Campanha para o Combate à Violência Sexual contra as Crianças. O livro relata a história de uma criança e uma mão, que é a figura ilustrativa de uma pessoa que pode ser o abusador.
Assim como na vida real, este personagem oferece e proporciona a realização dos anseios infantis, com o intuito de se aproximar. Ao receber propostas inadequadas da mão, o protagonista diz não, trazendo instrução e alerta sobre como agir nesses casos. Após a atividade, as crianças fizeram um reconto, com elementos de proteção, narrando formas de condução próprias.