A Secretaria Municipal de Educação (Smed) vai ampliar, de 70 para 100, o número de salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE), até o final do ano, aumentando a assistência a estudantes com deficiência, em Salvador. A rede municipal de ensino possui hoje 100 professores atuando diretamente na educação especial, utilizando metodologias que variam de acordo com a necessidade de cada estudante.
Os trabalhos multidisciplinares ocorrem de forma articulada, envolvendo psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, neuropediatra, assistente social, enfermeiros e psicopedagogos, dentre outros profissionais. Além da frequência às aulas regulares, os alunos especiais participam de atividades de AEE, em que são desenvolvidas as próprias habilidades, competências e potencialidades, buscando um melhor desempenho na sala de aula.
As salas de aulas são dotadas de mesa redonda, cadeiras, armários, impressora, tecnologia assistida, brinquedos, materiais e livros adaptados. Os atendimentos podem ser realizados de forma individual, ou em grupo de dois a quatro alunos. Cada sala tem a presença de um professor e o tempo de atendimento varia de 30 a 50 minutos por sessão, duas ou três por semana.
Inclusão – “Nas salas de AEE é possível adequar a realidade pedagógica de cada aluno, por meio de um trabalho personalizado e significativo, fortalecendo as relações entre os profissionais que cercam a vida do estudante, tanto na escola, como em locais em que ele recebe o atendimento multiprofissional, estimulando o desempenho pedagógico”, afirmou a coordenadora de Inclusão Educacional e Transversalidade da Smed, Jaqueline Araújo.
“Desde a chegada à instituição, é nítida a mudança. Está mais sociável, se comunica melhor e já aprendeu letras, números, cores e até a escrever o próprio nome”. O relato é de Fabiana Santos, de 38 anos, mãe do pequeno Davi Lucas da Silva, de 8 anos, que há três anos frequenta a sala de atendimento especializado, da Escola Municipal Campinas de Pirajá.
A dona de casa revelou que a frequência ao AEE contribuiu para o desenvolvimento educacional do filho, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Ele adora estar no ambiente, criou uma relação maravilhosa com a pedagoga e se sente à vontade, completamente acolhido e incluído”, conta.
Suporte – Sobre o atendimento feito pela equipe pedagógica, Fabiana disse se sentir completamente assistida. “Tranquiliza saber que ele é bem atendido e tem um acompanhamento especializado dentro da escola. Me sinto completamente segura, quando ele está na instituição. Os profissionais estão preparados e não medem esforços para desenvolver atividades que estimulem o progresso cognitivo, motor e intelectual da criança”, garante.
A pedagoga Raquel dos Santos explica que todo planejamento realizado na unidade é individual, para dar o suporte necessário ao aluno, a partir das suas especificidades. “Davi é um exemplo positivo do trabalho que é realizado aqui”, concluiu.