BAHIA EM REVISTA

Salvador apresenta menor índice de infestação por Aedes aegypti desde 2006

No biênio 2021/2022, Salvador apresentou o menor índice de infestação pelo mosquito Aedes aegypti da história da cidade, desde que o dado passou a ser registrado, há 16 anos. As informações foram passadas pelo prefeito Bruno Reis, acompanhado do subsecretário da Saúde, Décio Martins, da vice-prefeita e secretária de Governo (Segov), Ana Paula Matos, do secretário de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Luiz Carlos de Souza e diversas autoridades municipais, na Rua José Roberto Otoni, em Valéria. Na oportunidade, foi entregue ainda a drenagem e contenção do Canal da Terracom.

“Esse trabalho é feito o ano todo, com investimento de recursos públicos em equipamentos, pessoal, maquinário e muita criatividade. Não é fácil, neste momento de crise, ter condições de seguir respondendo e enfrentando esses problemas em meio a déficit históricos da cidade. Agora, chegamos ao menor índice de infestação do Aedes aegypti em Salvador, nos últimos 16 anos, apesar de todos os outros problemas. Nós não vivemos de propaganda, mas de resultados, números que melhoram a vida das pessoas”, lembrou o prefeito.

Algumas localidades dos bairros de Coutos e Vista Alegre registaram o maior percentual de infestação do mosquito da cidade com 7,6%, seguido das comunidades de Nazaré, Barroquinha, Saúde, São Joaquim e Macaúbas (4,2%), e Bairro da Paz, Luís Anselmo e Cosme de Farias com 4,1%. Já as comunidades do Matatu, Pitangueiras, Santo Agostinho e Vila Laura apresentaram o indicador mais baixo no município com 0%, ou seja, nenhum foco foi identificado na região durante o estudo.

Nas comunidades de Coutos e Vista Alegre, que apresentaram altos índices de infestação, serão distribuídos repelentes de forma gratuita. “No Bairro da Paz e no Centro Histórico, que também apresentaram índices altos, detectamos uma grande quantidade de imóveis fechados, o que aumenta a infestação. Ainda hoje a maior dificuldade está em adentrar as residências fechadas para fazer o tratamento”, enfatizou Bruno Reis.

Conforme informações da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Salvador apresenta hoje o menor índice do Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) dos últimos 16 anos, com 1,5% registrados. Ou seja, a cada 100 casas, apenas 1,5 delas apresentavam a presença do mosquito. Para alcançar estes números, foram realizadas ações intensas nos 12 distritos sanitários, envolvendo aproximadamente mil agentes de endemias atuando ininterruptamente nos 170 bairros da cidade.

Em 2021, foram realizadas cerca de 3,5 milhões de inspeções sanitárias, eliminando ou tratando 1,3 milhões de criadouros do mosquito. Os agentes também promoveram 867 ciclos de aplicação de inseticidas para bloqueio da transmissão dos casos notificados. No total, o investimento foi de cerca de R$4 milhões em ações, equipamentos, contratos com chaveiros para adentrar em casas abandonadas que continham focos de mosquitos e muriçocas, que é outro problema grave no setor.

Neste período, e em parceria com as secretarias de Ordenamento (Semop), Promoção Social e Manutenção (Seman), foram recolhidas 211 toneladas de inservíveis em casas abandonadas, nos canais e córregos da cidade ou em ações realizadas em casas de acumuladores.

 

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