A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que até o fim de 2022 haverá 8,9 milhões de migrantes e refugiados venezuelanos radicados em 17 países da América Latina, superando os atuais 6 milhões.
O alerta foi feito por Eduardo Stein, representante especial conjunto da agência da ONU para refugiados (Acnur) e da Organização Internacional das Migrações (OIM), no lançamento do Plano Regional de Resposta a Refugiados e Migrantes (RMRP). O plano prevê que serão necessários US$ 1,79 milhão para apoiar os venezuelanos que escaparam da crise política, econômica e social em seu país.
Segundo Stein, o número inclui “6 milhões de pessoas venezuelanas no destino, mais 1,9 milhão em movimentos pendulares e quase 1 milhão de retornados colombianos”.
“Estima-se que 8,4 milhões de pessoas vão necessitar de assistência, incluindo 2 milhões de integrantes das comunidades de acolhimento. Trata-se de um forte aumento de pessoas com necessidades, em comparação com anos anteriores. É também um reflexo dos crescentes desafios que enfrentam tanto os refugiados e migrantes da Venezuela quanto as comunidades de acolhimento”, acrescentou.
O representante da ONU disse ainda que 3,8 milhões de venezuelanos vão receber assistência direta do RMRP 2022, programa que alcançou o número sem precedentes de 192 associados, entre eles 23 organizações da diáspora venezuelana, dirigidas por refugiados e migrantes, assim como 117 organizações não governamentais (ONGs).
Segundo Eduardo Stein, o programa prevê fortalecer os processos de reconhecimentos de títulos acadêmicos e certificações profissionais, meios de subsistência, geração de recursos e a execução de programas de coesão social para combater a xenofobia.