Desde o início desta semana, o trabalho de eliminação dos focos ou possíveis criadouros de ovos do mosquito Aedes aegypti voltou a ser realizado dentro dos domicílios de Salvador. Os agentes de endemias, vinculados à Secretaria Municipal da Saúde (SMS), receberam permissão para visitar as casas após liberação do Ministério da Saúde.
A ação estava suspensa desde março de 2020, em virtude da pandemia da Covid-19. Desde então, só era possível visitar os arredores dos imóveis. Com o baixo índice de transmissão e de ocupação de leitos na cidade, a atividade poderá ser normalizada.
Para visitar os ambientes privados, é necessário que o agente já tenha tomado as duas doses da vacina contra a Covid-19. Ele também deve utilizar máscara de proteção facial obrigatoriamente. Antes de entrar nas residências, é também necessário perguntar se os moradores da casa tiveram algum sintoma gripal nos últimos 14 dias. Em caso de resposta afirmativa, a nota recomenda que a visita não seja feita.
A coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Isolina Miguez, destaca que as visitas são fundamentais para intensificar ainda mais o controle do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. “Vamos poder retomar medidas importantes, como o Levantamento Rápido de Índices (LIRAa) para Aedes, além de assegurar que todas as informações educativas estão sendo cumpridas pelos moradores, a partir dos cuidados que serão monitorados de perto, dentro das casas”, explica.
Além das ações de rotina, o CCZ está promovendo o Plano Verão Sem Mosquito, que visa prevenir e reduzir os criadouros do mosquito da cidade nesse período que antecede a estação. “Esse é o momento do ano em que é mais propício para o desenvolvimento do mosquito, com o favorecimento do clima caracterizado por sol com chuvas esparsas. O objetivo é deixar o ambiente na melhor condição possível para eliminar possíveis focos de Aedes”, complementa Isolina.
Dados – Entre janeiro e outubro de 2021, Salvador registrou 657 casos de dengue, 539 ocorrências de chikungunya e 52 notificações para zika. Se comparado com o mesmo período do ano passado, as três doenças tiveram uma redução em mais de 90%.