BAHIA EM REVISTA

Professora cria Quintal Sensorial onde alunos aprendem com a natureza

Um quintal cheio de plantas ornamentais, ervas medicinais, flores comestíveis e árvores frutíferas. Na área externa da casa da professora Ivana Magalhães, o perfume exala por todo o terreno, transportando de imediato o visitante a um lugar especial, familiar e de muito aprendizado. É nesse espaço de 600m², localizado no bairro de Itacaranha, Subúrbio Ferroviário de Salvador, que as crianças da Escolab Subúrbio 360 aprendem o quanto é importante ter contato com a natureza.

Antes da pandemia as visitas eram semanais mas, com as medidas de combate à Covid-19, as atividades presenciais foram suspensas. Depois de mais de um ano de ensino remoto, as aulas semipresenciais voltaram na Rede Municipal e a gestão da Escolab ensaia retomar as visitas ao Quintal Sensorial. A iniciativa leva grupos de alunos a terem contato com a natureza e conhecerem os benefícios das plantas.

A adaptação à nova rotina, obedecendo às regras de higiene, é primordial para que a comunidade escolar se sinta segura em dar prosseguimento às atividades. Foi com esse cuidado que a gestão da Escolab levou, na sexta-feira (10), um grupo de apenas dez crianças para uma rápida visita ao Quintal.

A experiência foi considerada positiva e já é possível pensar na possibilidade de voltar a fazer as visitas rotineiras. A vice-gestora do Subúrbio 360 e coordenadora pedagógica, Aline Ribeiro, explica que a atividade desenvolvida no Quintal faz parte do projeto Sustentalab, no qual as crianças têm experiências diversas.

“Nesse projeto, as crianças aprendem sobre reaproveitamento dos alimentos, reciclagem e utilização das ervas medicinais. A parceria com o Quintal Sensorial tem ampliado o repertório de conhecimento dos alunos, trazendo para a vivência o que eles estariam estudando através dos livros”, destaca.

Memória – Movida pela vontade de morar numa casa com quintal, como na infância, Ivana procurou um imóvel no mesmo bairro, onde reside há mais de 30 anos. Ela não imaginava que a área verde da casa tinha tanto potencial.

“Ao fazer um trabalho com meus alunos, em sala de aula sobre saberes ancestrais, eu levava folhas daqui do quintal, como pitangueira, boldo e aroeira. As atividades envolviam leitura, letramento, artes e pesquisas sobre os benefícios de cada planta”, lembra.

A professora observou, nessas ocasiões, que as crianças tinham pouco contato com a natureza. “Achei que deveria trazê-las para um espaço fora da sala de aula e que essa vivência poderia ser no meu quintal”, explica.

Leave a Reply

Input your search keywords and press Enter.