BAHIA EM REVISTA

Salvador tem prejuízo de R$ 200 mil com vandalismo na iluminação pública

De janeiro a julho, a Prefeitura gastou cerca de R$ 200 mil para repor fiações e luminárias vandalizadas ou furtadas da rede de iluminação pública de Salvador. O recurso, que poderia ter sido usado para realização de projetos e obras que contribuiriam para o desenvolvimento da cidade, teve de ser empregado para cobrir os impactos provocados por ações criminosas. 

Além do prejuízo financeiro aos cidadãos, que contribuem com o sistema através dos impostos pagos, os transtornos causados por essas depredações também afetam diretamente a segurança da população, que se depara com vias e áreas escuras para deslocamento. Isso sem falar nos riscos à vida de quem se aproxima ou manuseia as fiações expostas.

Na capital baiana, a manutenção do parque luminoso fica a cargo da Diretoria de Iluminação Pública (Dsip), vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). Segundo o órgão, as principais bases de tráfego do município estão entre os locais onde mais ocorrem furtos de condutores elétricos. As ocorrências costumam ser registradas nas avenidas Paralela, ACM (especialmente na região do Itaigara) e Octávio Mangabeira, além da Via Expressa (Heitor Dias) e Vale do Canela (Reitor Miguel Calmon).  

Mas os delitos também têm como alvos equipamentos públicos como passarelas e fontes luminosas. Na última terça (10), por exemplo, um homem foi flagrado roubando fiação da passarela que liga o Shopping da Bahia à estação do metrô Rodoviária, que é uma das mais movimentadas da cidade – isso, no entanto, não intimidou o criminoso em praticar o delito, que ocorreu por volta de 19h50. Parte da iluminação do local ficou comprometida e teve que ser reparada pela Dsip.

“Estamos criando sistemas antifurtos nas passarelas e outras medidas mais para dificultar. Não é apenas o prejuízo financeiro, mas o risco a que ficam expostas milhares de pessoas, quando uma área está apagada”, destacou o diretor da Dsip/Semop, Junior Magalhães.

O furto de cabos não é motivado pela borracha que envolve e protege a fiação e, sim, pelo cobre presente. Esse metal tem boa condução de eletricidade e é altamente maleável e resistente à corrosão, o que o faz ser muito utilizado em redes elétricas, que ficam expostas nas ruas.

Logo, o cobre possui bom valor de mercado, atraindo criminosos em busca do material para revenda em pontos de compra de metais. Além do roubo de fiações, as ações de vandalismo se estendem a furto de luminárias e danos a quadros de medição.

Ações preventivas – A Dsip tem investido em estudos de projetos capazes de promover maior nível de segurança para a população. Uma das medidas é aplicação de infraestrutura projetada com material robusto e isolante, dificultando o acesso aos cabos e reduzindo o risco de choque elétrico.

Também têm sido efetuadas ações preventivas nas principais avenidas da cidade, onde estão presentes os circuitos exclusivos de iluminação. A intenção é identificar e eliminar os riscos causados por fiações expostas, após tentativas de furto, verificação de isolação nos postes metálicos e outras iniciativas a nível de segurança.

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