O ano atípico provocado pela pandemia de Covid-19 preocupou, mas não inibiu as ações da Secretaria Municipal da Reparação (Semur), por meio do Centro Municipal de Referência LGBT+ Vida Bruno e do Conselho Municipal de Promoção e Defesa dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros – CMLGBT+. A partir desta segunda-feira (28), começam as atividades referentes à celebração da Semana da Diversidade LGBT+ na capital baiana, sempre em conformidade com as medidas de segurança sanitária.
As ações vão até o dia 30 com lives e palestras em diversos campos, como saúde, jurídico e social, além da exposição Com Orgulho, realizada com curadoria da Fundação Gregório de Mattos (FGM) e que reúne obras de artistas plásticos como Kátia Cunha, Jamile Macedo, Hamilton Lima e Leonel Mattos. Como ocorre tradicionalmente em datas relevantes, monumentos como a fonte luminosa, localizada na Praça da Sé, terão iluminação nas cores do arco-íris, em referência à causa LGBT+.
Marcelo Cerqueira, coordenador municipal de Políticas e Promoção da Cidadania LGBT, explica que, apesar do momento, o evento terá também ações presenciais, seguindo as medidas necessárias de segurança sanitária. Nas atividades realizadas no auditório do Centro Municipal de Referência LGBT+ Vida Bruno, no Rio Vermelho, o limite é de 40 pessoas.
“Muito do que planejamos, de forma presencial, foi prejudicado por conta da pandemia. Por isso, vamos realizar duas palestras presenciais a respeito da diversidade etária – vida depois dos 60 anos -, focando no planejamento da vida na melhor idade. Também teremos um debate a respeito do tratamento ginecológico para esse público. Além disso, haverá uma exposição contando a história do movimento LGBT no mundo e na Bahia, que completa 40 anos, com o GGB (Grupo Gay da Bahia)”, relata.
Cerqueira lembra ainda que Salvador já é palco de conquistas históricas. Uma delas é o decreto municipal que criou o Centro de Referência LGBT+, que atua nos campos psicológico, social e jurídico, a partir da participação de profissionais que atuam tanto com quem sofreu algum tipo de discriminação como ao lado das famílias dessas pessoas.