A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) promove, até esta terça-feira (15), uma ação de segurança e fiscalização no Pelourinho. O objetivo é coibir abusos contra visitantes e moradores do município por ambulantes sem cadastramento. Além disso, agentes do órgão promovem o ordenamento dos trabalhadores do mercado informal no Centro Histórico de Salvador.
A iniciativa acontece em conjunto com a Guarda Civil Municipal (GCM), Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), Batalhão Especializado em Policiamento Turístico (Beptur) e policiais do 18º Batalhão da Polícia Militar (Centro Histórico). A ação surgiu de um diálogo entre a Associação de Empreendedores do Centro Histórico, a comunidade do Pelourinho e os órgãos responsáveis pelo policiamento e ordenamento do funcionamento da região.
Nos primeiros dias, foram apreendidos materiais como tintas e copos plásticos usados para pintura corporal por pessoas não licenciadas– os materiais, inclusive, estão completamente fora dos protocolos sanitários contra o coronavírus. A secretária da Semop, Marise Chastinet, afirmou que a pasta está realizando a operação com o objetivo de solucionar alguns problemas do Centro Histórico. “A Semop ordena e fiscaliza o comércio informal. Estamos empenhados na reestruturação do centro”, declarou.
O diretor-geral de Segurança e Prevenção à Violência, Maurício Lima, destacou quatro pontos importantes que são priorizados durante a operação: a Praça Municipal, parte baixa do Elevador Lacerda, a Praça do Cruzeiro de São Francisco e o Terreiro de Jesus. “Estamos combatendo a atividade, que é irregular principalmente neste momento de pandemia, para evitar a contaminação pelo coronavírus. São 20 agentes da GCM junto com os demais órgãos durante todo o período atuando de forma ostensiva”.
Repercussão – Morador do Pelourinho desde que nasceu, há 53 anos, o guia turístico Ricardo dos Santos elogiou a operação da Semop. “Estou achando esse trabalho legal, até porque os pintores prejudicam muito o trabalho de quem atua na região. Muitos são credenciados, outros não, e eles assediam os turistas o tempo todo aqui”.
A vendedora ambulante Débora Barreto trabalha há 20 anos no Terreiro de Jesus e também aprovou a presença dos agentes. “Estou achando uma coisa boa porque os cadastrados têm oportunidade de trabalhar direito e os clandestinos saem. E também cadastra quem precisa, tem muito pai e mãe de família aqui que quer trabalhar direito. Comigo ninguém mexeu até hoje porque eles respeitam nosso trabalho, esperam a gente atender para depois abordar”.
Durante a operação as equipes percorrem todo o Centro Histórico, desde o Elevador Lacerda, Praça Municipal, Largo do Pelourinho, Terreiro de Jesus, Cruzeiro do São Francisco e Mercado Modelo. Nesta quarta-feira (16), uma nova reunião será feita para avaliar os resultados e definir os próximos passos a serem adotados na região.